De que lado estou?

Num mundo de pressa constante, decisões, alternativas, qual o meu papel como serva de Deus? Será que Ele fica feliz com a minha intenção e forma de servir? Será que O sirvo como um Pai, um Amigo?

Todas estas questões vieram ao meu coração, em especial, quando observei uma pequena parábola que Jesus usou.


És trabalhador sábio e fiel ao Senhor? Confiei-te a administração da minha casa, a alimentação dos meus filhos dia após dia? Portanto abençoado serás se, quando voltar, te encontrar a fazer sempre fielmente o teu trabalho. Tais trabalhadores porei eu sobre o que tenho.
Mas se fores mau e disseres contigo próprio que o Senhor não há-de voltar tão depressa e começares a maltratar os teus companheiros, fazendo uma vida de luxo e libertina, o teu Senhor, quando chegar sem aviso e sem que o esperes, castigar-te-á severamente e te dará a condenação reservada aos fingidos, mandando-te para onde haverá choro e lamentos de desespero.

(Mateus 24:45-51, versão "O Livro")
Jesus estava a falar com os discípulos acerca da Sua segunda vinda, a pedido deles mesmos. Esta pequena parábola tem um duplo alvo: os discípulos no seu geral e os líderes em particular.

Verificamos que Jesus não está a falar de dois servos distintos: o servo A é prudente e o servo B é infiel. Mas, é como se Ele perguntasse: qual é o vosso perfil? Que descrição vos identifica? Ele deseja uma decisão perante a "lista" de atributos.

Ou estou a servir com fidelidade; submissa de coração ao meu Mestre; com coragem para ajudar o fraco; amor para reprovar o erro; ajudando os outros com a Palavra, a vida e o exemplo; como se Ele estivesse fisicamente presente, enquanto espero conscientemente a Sua vinda.

Ou vivo um cristianismo efémero, baseado nos meus interesses, no meu sucesso pessoal, mesmo que isso me leve a vender a verdade, e me deixe acomodar a um sistema corrupto e orgulhoso, esquecendo que Ele vem... como os fariseus da época, aos quais Jesus Se refere no capítulo anterior.

Não posso estar nos dois lados ao mesmo tempo.

Quando entregamos a nossa vida a Cristo, cedemos os nossos direitos, mas no caminho, podemos esquecer quem é o nosso Senhor e Mestre. Esquecemos que somos mordomos de algo precioso, que Ele nos tem dado: tudo o que temos e somos, todas as pessoas que lideramos ou que servimos. Nada é nosso... mas tantas vezes esquecemos.

Precisamos da graça de Deus, continuamente, para sermos discípulos e servos.

Maranata! Ora vem Senhor Jesus.

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