Bebé operado 18 vezes depois de engolir pilha (1)

“Rauch Emmett teve sintomas semelhantes aos de uma gripe depois de ter engolido uma pilha de lítio do tamanho de uma moeda de 20 cêntimos. A febre alta, a perda de apetite, a tosse e uma congestão não faziam crer aos pais e à pediatra que o menino tinha o esófago perfurado, dois buracos na traqueia e os pulmões seriamente danificados.”1

Como é que uma pilha – um objeto tão pequeno – cria um problema tão grande? Bom, se calhar é porque não fomos feitos para comer pilhas... aliás, mesmo dentro da alimentação “normal”, há certos alimentos que devemos evitar, porque nos fazem mal quando os comemos em excesso. A verdade é que, como alguém disse, “somos aquilo que comemos”. Ou seja, a nossa saúde física depende, em parte, daquilo que nos alimenta.

O mesmo acontece com a nossa “dieta da alma”. Ou seja, aquilo que vemos, ouvimos e lemos. Não precisamos “engolir” certas coisas para saber que são negativas para a nossa saúde espiritual. Se o tipo de amigos, conversas, piadas e lugares mais comuns no nosso dia a dia nos dão uns “aperitivos” com malícia, fumo, bebida e pouca preocupação quanto ao futuro, achas que isso não nos vai afetar  - nunca, jamais? Se passamos muito tempo a ver certo tipo de programas e telediscos que nos dão um “prato cheio” de prazer sem regras, consumismo e rebeldia, que tipo de pessoas nos vamos tornar?

Sabes, muitas vezes não levamos o nosso relacionamento com Deus a sério. Nos retiros, sim. No louvor de domingo, até nos envolvemos. Pregação? Não. Ler a Palavra e falar com Deus no dia a dia? “Isso é para os irmãos idosos”, pensamos. Viver como Deus quer? “Só quando os meus pais estiverem a ver”. “Picamos o ponto” ao domingo e vivemos como nos apetece o resto do tempo. “Comemos” as mesmas novelas, as minhas piadas pouco ingénuas, as mesmas músicas (sem sabermos que letras estamos a cantar), os mesmos livros, a mesma forma de pensar e viver que toda a gente. Vendemos a nossa identidade (somos filhos de Deus, fazemos parte de um Reino com um Rei e uma lei diferente) por um prato de “vive o momento”.

Não nos podemos isolar, mas há que fazer escolhas. Quando nos metermos “na boca do lobo” o mais certo é acabarmos como refeição... e Deus não quer isso para nós. Jesus, quando foi tentado, defendeu-Se sempre com a Palavra de Deus. Numa das situações, disse “Porque as Escrituras dizem: 'Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’.” (Mateus 4:4, versão “O Livro”)

Alimenta-te da Palavra de Deus. Cresce na amizade com o teu Pai do Céu. Cria bons relacionamentos com pessoas que te possam fazer crescer e ajudar. Preocupa-te com as pessoas à tua volta, sê como Jesus na vida delas... mas vigia o teu coração – a alimentação da tua alma.

E já agora: o que é que “comeste” hoje?

Estou contigo!

Ana Ramalho



1 www.jn.pt

in revista BSteen, janeiro 2012

Texto escrito conforme o novo acordo ortográfico

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