Parece... mas não é!

Há uns tempos, a PSP de Sintra apanhou um condutor que usava uma sirene idêntica às das viaturas da polícia, folhas timbradas com vários logótipos de órgãos de polícia criminal e um terminal de rádio portátil. O senhor não conseguiu explicar para que queria aquilo, foi detido e teve que pagar uma multa... 1

Para que é que quereria ele “parecer” das forças de segurança? Imagina o que poderia fazer, fingindo ser polícia? Quantas pessoas poderia enganar? Na realidade, há muitas coisas e pessoas que parecem... mas não são. Peças que parecem de ouro, mas têm apenas um banho dourado. Quadros falsificados que são vendidos como grandes obras de arte. Pessoas que não são aquilo que parecem à primeira vista.

Jesus explicou que há pessoas que parecem cristãs mas não o são verdadeiramente. E como é que Ele disse que as podíamos “descobrir”? Pelas suas atitudes. Ele compara o fruto das árvores ao nosso caráter. Uma árvore pode ser muito vistosa, com folhas bem verdes, mas se o fruto dessa árvore for amargo ou estiver estragado, não presta para comer. Da mesma maneira, a nossa vida cristã pode ser cheia de ações exteriores muito “espirituais”, quando estamos no culto, e até podemos usar uma linguagem tão cheia de termos bíblicos que ninguém nos entende e dizem “é tão espiritual!!!!”... mas não existem frutos de uma vida transformada por Deus.

Embora Deus seja o único que conhece os nossos corações, onde nascem os pensamentos e intenções do que fazemos, Jesus mandou olhar para as atitudes – o nosso caráter, o nosso estilo de vida completo, sozinhos ou acompanhados, com os nossos amigos cristãos ou com aqueles que ainda não conhecem Jesus. Não podemos apenas parecer, temos que ser e ao sermos também vamos mostrar essa nossa natureza transformada por Cristo no dia a dia.

Jesus avisou: “Cuidado com os falsos profetas! Vêm ter convosco como se fossem ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. É pelos seus frutos que os hão de reconhecer. Porventura podem colher-se uvas das silvas ou figos dos cardos? Portanto, a árvore boa dá bons frutos e a árvore má dá maus frutos. Assim pois, uma árvore boa não pode dar maus frutos e uma árvore má não pode dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bons frutos corta-se e deita-se ao fogo. Portanto, é pelas suas ações que poderão reconhecer os falsos profetas. Nem todos aqueles que me dizem: ‘Senhor, Senhor!’ entrarão no reino dos céus, mas apenas os que fazem a vontade de Meu Pai que está nos céus. Quando aquele dia chegar, haverá muitos que Me hão de dizer: ‘Senhor, Senhor, não profetizámos nós em Teu nome? Não fizemos numerosos milagres em Teu nome? Não chegámos a expulsar demónios em Teu nome?’ Eu então hei de declarar-lhes: ‘Nunca vos conheci. Afastem-se de Mim, seus malfeitores!’” (Mateus 7:15-23, versão “A Bíblia para Todos”)

Estou contigo!

Ana Ramalho

1www.publico.pt

in revista BSteen, junho 2012


Texto escrito conforme o novo acordo ortográfico

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