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Síria. Dois anos de revolta contra Bashar al-Assad. Mais de 46 mil mortos, só no mês de Março foram cerca de 6 mil pessoas a perder a vida. 

Mas nem só da Síria vive o mundo. Países como o Mali vivem dias de violência e guerrilha, a Venezuela encontra-se no marasmo eleitoral para erigir um Chavez 2... Enquanto isso, a "República Democrática" da Coreia do Norte faz jogos de birra com outras nações. É a idade dos déspotas como Chavez, al-Assad ou Kim Jong-Un e estão a fazer por merecer os seus palcos de fama. 

Na Europa dos bons costumes, da sociedade culta, o Velho Continente de onde procedem os EUA e outra parte do mundo, o terrorismo já não é temido por vir da Al-Qaeda, do IRA ou da ETA. O terrorista já não é um fanático religioso ou um separatista nacionalista. Agora são os brokers, os CEO's, os ministros, os primeiros-ministros, os presidentes, as máquinas governativas, os empresários hiper-inflaccionados... Os bancos, as holdings privadas, as offshores e os fundos de investimento são os novos senhores feudais.

A falência dos valores morais da actual sociedade já está assinada. Uma sociedade em que nos entretemos com a matança no Jornal da Noite, onde vemos a pobreza durante o jantar e onde são veneradas as figuras públicas que vivem como pequenos Buda's; é uma sociedade decaída. É uma sociedade em acelerado estado de decomposição, onde os todos os meios justificam todos os fins. O Homem decreta a morte de Deus para si, mas refugia-se diante de outro altar. Os "ismos" assumiram a cadência de um coração que vai parando de palpitar. Vive-se como o povo israelita do fim do livro de Juízes, cada um faz o que parece bem aos seus olhos (Juízes 17:6, 21:25). 

Numa altura em que o Cristianismo conta cada vez mais com novas conversões (na ordem dos 2.5 milhões de pessoas por ano), é altura para questionar qual a quantidade de sal que salga e qual a intensidade da luz que ilumina. Jesus não nos diz que somos "sal e luz" apenas por dizer... Não foi apenas uma metáfora teológica, não foi uma alegoria escriturística, não foi um floreado homilético. 

Ser sal e luz implica acção válida e permanente. Salgar e iluminar são actividades constantes, não fases da vida ou períodos de tempo. Ser sal e luz é mais do que ser membro domingueiro da igreja local, é uma prática devota e diária de amor a Jesus. Não somos sal se não salgarmos, não somos sal se não influenciarmos e não marcarmos. Não somos luz se não dermos o exemplo, se não vivermos como tochas ardentes do Espírito Santo. O exemplo de vida de Jesus é mais do que um modelo televisivo. Ele não se limita a ser uma referência de uma lista de bons homens, nem uma hipótese no meio de tantas outras possíveis referências. 

Jesus é por excelência o expoente máximo de como honrar a Deus. É Aquele que não recusou o cálice da amargura, que bebeu dele até à última gota. É um Senhor que veio para servir, um Leão que serviu de Cordeiro, um Pastor que deu a vida pelas ovelhas.

Num mundo cada vez mais relativista e obscuro, sermos testemunhas de Jesus é necessário. No meio da incerteza e da escuridão, temos o chamado de Cristo para brilharmos e marcarmos a nossa posição. E temos a doce certeza de que a Sua presença continua connosco, porque Ele mesmo nos disse que enviaria o Espírito Santo para ser o nosso "Conselheiro" (João 14:15-17).

Ricardo Rosa

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