Crer (também) é pensar!

Se alguém vos perguntar a razão da vossa esperança, estejam sempre preparados para responder, com delicadeza e respeito. É assim que Pedro escreve em 1ª Pedro 3:15,16 na tradução O Livro.

O facto de sermos cristãos, de crermos em Jesus e que Ele deu a Sua vida para nos salvar (João 3:16) não faz de nós gente sem capacidade de pensar. Quando Pedro escreve estas linhas, ele está a explicar aos crentes como viver de acordo com os ensinos de Jesus, mesmo que sejam perseguidos e sofram por isso.

Naquela altura, assumir-se como cristão dava direito a perder a cabeça, literalmente. Outras vezes, dava apenas prisão, como aconteceu com Paulo e Silas (Atos 16:16-40). E de vez em quando, também dava direito a uns açoites nada meigos ou fome, como Paulo também nos conta (2ª Coríntios 6:5).

O que quero que entendas é algo muito simples. Deus deu-nos cabeça para pensar, para meditar no que Ele nos diz e para podermos responder com educação e respeito, a quem nos pergunte quem é Jesus ou no que cremos. Apesar de acreditarmos num Deus vivo, que nos ama e que se quer relacionar totalmente conosco, isso não nos dá o direito de sermos arrogantes, mal educados ou brutos com quem não acredita n’Ele.

Uma das coisas que aprendi na vida é que as pessoas conquistam-se com ações, porque de palavras já elas estão cheias. Isto não tira importância a lermos a Bíblia e a partilharmos o que ela nos ensina. Mas leva-nos a pensar que se a fé que dizemos viver não for acompanhada de uma vida a condizer, então não temos grande coisa a mostrar a quem não crê n’Ele (Tiago 1:22-24, 2:18).

Somos chamados para levar a mensagem de Jesus ao mundo, através do nosso discurso, da fé que temos n’Ele e do modo como vivemos. O caminho com Jesus faz-se com fé e obras, com esperança e razão, com palavras e com ação.  Crer não é apenas viver, crer também é pensar.
O problema não são as dúvidas que surjam, são as respostas a que nos agarramos.

Faz a escolha certa, agarra-te a Jesus e a tua vida nunca mais será a mesma!

Ricardo Rosa


in revista BSteen, outubro 2014


Texto escrito conforme o novo acordo ortográfico

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