MasterChef

Um dos programa de TV que mais aprecio é o MasterChef Australia, porque junta duas coisas de que gosto muito: cozinhar e a Austrália! 

É fantástico ver como cozinheiros amadores podem aprender e melhorar os seus conhecimentos de tal forma que se tornam cozinheiros profissionais – a que atualmente gostamos chamar de chefs. Eles deixam família, amigos e projetos de vida para lutar por um sonho. Os jurados também são uma parte importante do programa, com as suas dicas de culinária, encorajando, alertando, etc.

Apesar de toda a evolução dos concorrentes, ao longo do programa eles vão sendo postos à prova e, um a um, vão saindo por não conseguirem cumprir os objetivos dos desafios propostos. No final de cada temporada um, e apenas um, chegará ao fim e receberá o troféu de MasterChef, cujo “reinado” durará um ano, até vir a próxima temporada. 



Se escrevesse hoje, o apóstolo Paulo teria aqui uma boa ilustração para comprar à nossa caminhada cristã. Ele fê-lo, de outra forma, com aquilo que presenciava na altura e a sua cultura conhecia. “Não sabem que no estádio todos os corredores tomam parte na corrida, mas só um é que recebe o prémio? Corram, portanto, de maneira a poderem recebê-lo. Aqueles que se preparam para uma competição privam-se de tudo. E fazem-no só para ver se conseguem um prémio que, afinal, dura pouco. Mas nós trabalhamos por um prémio que dura para sempre. É desta maneira que eu corro e não como quem corre sem saber para onde. É assim que eu luto e não como quem dá socos à toa. Mas eu luto contra o meu corpo, para o dominar, a fim de não acontecer que, andando a pregar aos outros, seja rejeitado por Deus.” (1 Coríntios 9:24-27, BPT)

A vida cristã é como uma corrida, como um desafio, um concurso, mas a grande diferença é que o “prémio” é para todos os que cortarem a meta, os que chegarem ao fim, e será uma recompensa eterna, sem prazo de validade. Entramos nesta caminhada porque Jesus nos dá a oportunidade, a todos. A porta é estreita e o caminho é apertado, mas conduz à salvação de uma vida sem Deus. A vida com Deus é a melhor que podemos ter... embora ela tinha sido conquistada por Cristo, sem que nós tenhamos feito algo para merecê-la. 

“Porque pela sua graça é que somos salvos, por meio da fé que temos em Cristo. Portanto a salvação não é algo que se possa adquirir pelos nossos próprios meios: é uma dádiva de Deus. Não é uma recompensa pelas nossas boas obras. Ninguém pode reclamar mérito algum nisso. Somos a obra prima de Deus. Ele criou-nos de novo em Cristo Jesus, para que possamos realizar todas as boas obras que Deus planeou para nós.” (Efésios 2:8-10, OL)

Agora, compete-nos seguir em frente, vivendo para Deus todos os dias, com lutas e desafios, vitórias e conquistas, mas sempre persistentes, com os olhos postos em Jesus. Isso significa estarmos perto Dele, das Escrituras, deixando que o Espírito Santo trabalhe continuamente em nós, e que o testemunho de outros nos inspire e encoraje, tal como escreve o escritor da carta aos Hebreus: “Portanto, nós também, visto que estamos rodeados por uma tão grande multidão de testemunhas, vidas que são exemplos da fé, deixemos tudo aquilo que nos embaraça, e o pecado que nos envolve tão de perto, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta. Olhemos para Jesus. Ele é a fonte da nossa fé e aquele que a aperfeiçoa, o qual, pela alegria que lhe estava reservada, suportou a cruz, aceitando a humilhação, vindo a sentar-se no lugar de maior honra à direita do trono de Deus. Pensem bem em tudo aquilo que ele suportou da parte dos pecadores, para que não venham a enfraquecer, desencorajando-se.” (Hebreus 12:1b-3, OL)


Ana Ramalho Rosa

in revista Novas de Alegria, março 2017. Texto escrito conforme o novo acordo ortográfico

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