2727

Que número é este? Algum trocadilho? Algum código obscuro? Não, meus senhores, é o número de “gostos” da página de Facebook da revista Novas de Alegria no momento em que vos escrevo. Faz em março 7 anos que lá estamos, embora remonte a 2009 a altura em que fizemos alguns testes. A revista, que começou por ser um pequeno jornal e hoje chega ao vivo e a cores, começou a alcançar outros mundos, virtuais mas tão reais.

E assim, continuou a aventura começada em 1943, agora noutras plataformas, cruzando temas e conteúdos. Todos os meses, e cada vez de modo mais frequente, dispomos um resumo em vídeo destacando alguns dos artigos, notícias e testemunhos. Diariamente, com raras exceções, palmilhamos esta rede social destacando uma frase, um tema, uma fotografia, apontando para o papel que podemos ter em mãos e partilhar, deixar para quem, mesmo sem o sabermos, a vai “devorar”.

Entre muitos casos que conhecemos e outros desconhecidos, lembro-me de um. Há tempos não muito longínquos alguém ligou a pedir o contacto da igreja evangélica mais próxima. Estava num determinado hospital e começou a ler uma revista Novas de Alegria, já sem capa, enquanto aguardava a sua consulta de Oncologia. Parece que em tempos estaria perto de Deus e da igreja, mas por motivos desconhecidos se tinha afastado. Agora, Deus tinha usado uma simples revista e a sua fé fora de novo estimulada.

Gostava de ouvir 2727 histórias deste tipo todos os meses. Era bom que a cada edição que sai dos nossos computadores para as impressoras, destas para a equipa que faz a sua embalagem e expedição (obrigada!), depois para as igrejas e destas para o café, o consultório, o autocarro, a vizinha ou o colega, 2727 fosse o número de pessoas que correiam para a igreja mais próxima, procurando descobrir Aquele que dá a verdadeira alegria.

Mas que poderia lembrar este número? A quantidade de textos que são necessários para se produzirem cerca de 78 edições mensais ou seja, seis anos e meio de revistas. Se fossem 2727 horas, corresponderiam ao trabalho de uma pessoa 340 dias úteis. A realidade, e pesa aqui salientar, é que muito mais horas são investidas pelo staff da revista e por centenas de voluntários que, na penumbra ou nem por isso, servem este ministério. 2727€ não serviriam para pagar mensalmente todo o serviço realizado por amor ao próximo, pelos que escrevem, pelos que editam e corrigem os textos, os que fazem trabalho de investigação, de ilustrações, etc. Já para não falar daqueles que fazer a sua distribuição em cada localidade, fielmente, todos os meses, para que outros tenham acesso a estas fantásticas notícias, que produzem um resultado único e eterno. A estes, que são muito mais do que um número: obrigada!

Obrigada é a palavra de ordem que se me oferece dizer nesta ocasião. No meu caso pessoal, obrigada a quem, com os meus simples 19 anos, me fez o convite para trazer uns “rabiscos” aos quais chamava de ilustrações para a revista. Obrigada a quem confiou e investiu em mim, desde esse primeiro momento, há 25 anos, e que deu o mote para que outros, depois dele, apostassem em mim. É por isso que, estou muito grata a Deus, a todos os que Ele tem usado, mas não posso deixar de mencionar o meu amigo, pastor Carlos Baptista.

Não sabemos o que o futuro nos reserva, mas podemos ter a certeza de que Deus quer continuar a usar todos os meios para salvar a todos os que creiam. E para que ouçam (ou leiam) é necessário que alguém pregue (ou escreva). Vamos celebrar todas as ferramentas que Ele nos deu neste tempo e usá-las sabiamente para que o Seu Reino possa crescer, uma vida de cada vez... ou mesmo 2727.

Ana Ramalho Rosa

in revista Novas de Alegria, janeiro 2018. Texto escrito conforme o novo acordo ortográfico

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