Amados para amar

Quando era adolescente, com o acne como companheiro sempre presente, era um martírio olhar-me ao espelho... a verdade é que o meu valor era, e é muito maior do que a minha aparência, mas o modo como me vejo (por dentro e por fora) pode e certamente influencia a minha forma de viver, e de lidar com os outros. 

“‘Meu querido filho, eu e tu continuamos ligados e tudo o que possuo é teu. É justo, porém, que festejemos, pois o teu irmão estava como morto e tornou a viver; estava perdido e foi achado’.” (Lucas 15:31-32, OL)

O filho mais velho da parábola dos filhos perdidos (sim, um dos filhos estava perdido ‘fora de casa’ e outro ‘dentro de casa’, como podes ler em Lucas 15) tinha uma imagem própria errada e, por isso, ele não conseguia compreender nem amar o seu irmão arrependido. Ele era filho mas tinha uma mentalidade de servo — pensa que precisava “portar-se bem” para ter o amor do pai.



Só podemos amar os outros verdadeiramente e incondicionalmente se compreendermos e interiorizarmos que Deus nos ama verdadeiramente e incondicionalmente, como somos e não porque façamos por merecê-lo.

Ele deseja transformar-nos para sermos cada vez mais parecidos com Jesus, mas isso é um processo para a vida inteira. Enquanto palmilhamos esta terra, cruzamo-nos com pessoas que, tal como nós, precisam descobrir o amor incondicional de Deus através das nossas ações e palavras, vindas de um coração que sabe que é amado.

Só um Deus de amor, e que é amor, nos pode inspirar e ajudar a amar como Ele ama.

“Que o amor que mostrarem pelos outros seja autêntico. Tenham horror ao mal. Tomem sempre posição do lado do bem. Amem-se uns aos outros com uma afeição verdadeira. Ponham os outros sempre em primeiro lugar. Não sejam nunca preguiçosos no vosso trabalho; sirvam o Senhor com todo o fervor.” (Romanos 12:9-11, OL)

Ana Ramalho Rosa

in BSteen, outubro 2018

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