364-23
Que título mais estranho para um artigo, não acham? Aparentemente pode parecer um erro de impressão, mas não é!
364-23 é a referência do marcador
florescente que anda há meses no meu estojo. Quando quiser comprar um novo,
basta dar este número no balcão da papelaria. Num hipermercado, por exemplo,
existem milhares de referências e códigos que diferenciam os objectos uns dos
outros. Sem referências, seria complicado para as lojas gerir os stocks e nós,
os consumidores, levaríamos (ainda) mais horas nas filas para pagar... A
referência é importante porque nos facilita a vida: identifica o produto.
Mas agora deixemos os marcadores de lado e
falemos de outro tipo de referências: as pessoas. Neste contexto, referências
são pessoas com as quais nos identificamos, as quais são exemplo para nós em
determinada área da vida, quer seja a nível musical, profissional, familiar e
até espiritual.
“Sede meus imitadores, como também eu, de
Cristo.” 1 Co 11:1
O apóstolo Paulo põe as coisas de uma forma
clara. Ele diz que devemos seguir o seu exemplo assim como ele segue
Jesus. Imitar significa copiar. Isto não
quer dizer que devemos perder a nossa própria identidade e as características
únicas com que Deus nos criou. Significa observar as qualidades de carácter e
postura, de palavras e acção e tê-las como princípios para a nossa vida.
Quando somos um exemplo, temos os olhos do
mundo postos em nós e precisamos estar conscientes de que influenciamos pessoas
e hábitos. Num minuto, numa palavra temos o poder de destruir aquilo que
levamos anos a construir. Como humanos, todos somos sujeitos a falhar e a
desiludir, apesar das nossas maiores qualidades serem uma inspiração para
outros. Daí, como Paulo, temos uma obvia necessidade de ter uma referência
maior: Jesus. Paulo tem uma referência e é uma referência. Esta é uma verdade
que implica bastante responsabilidade.
Nos dias que correm o mundo precisa de
referências e exemplos a seguir. O mesmo se passa na igreja. Que, como Paulo,
tenhamos boas referências e sejamos também uma referência para a nossa geração.
Como Paulo, não nos esqueçamos da referência perfeita: Cristo.
Ana Ramalho
in revista Novas de Alegria, suplemento
NAJovem, Dezembro 2006
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