Pensadores precisam-se!
“Reflectir” e “pensar”
são das palavras mais empoeiradas, na actualidade.
Formar pensadores
exige tempo. Nos dias que correm, tirar tempo para meditar antes de decidir é
considerado quase um “sacrilégio”. A mensagem que nos chega é a da rapidez, do
imediatismo, do já, aqui e agora.
Augusto Cury
caracteriza bem o nosso tempo. “É a geração que quer tudo no imediato, pronto,
sem ser necessário elaborar nada, sem ser preciso batalhar para conquistar. É a
geração que não sabe unir a disciplina aos sonhos, que procura usar processos
‘mágicos’ para lidar com as suas frustrações, que tem dificuldade em pensar
antes de agir.”1
pensadores
Os pensadores não
consomem tudo, movidos apenas pela beleza passageira, pelas emoções e a vida
dos resultados a curto prazo. Eles olham para além do espelho, além das
comparações com o padrão hiper-exigente do mundo e do seu grupo de pares. Eles
observam a beleza que vêem na alma.
Os pensadores
querem ir além da superfície. Eles aprofundam-se. Eles gerem aquilo que lêem,
vêem e escutam e criam as suas próprias ideias, baseados nas convicções que têm
construído ao longo da vida.
A nossa sociedade
promove cada vez mais os “fazedores” e menos os pensadores. Porquê?
o maior dos pensadores
Há cerca de dois
mil anos, um homem desafiou os parâmetros sociais, religiosos e intelectuais da
Sua época. Uma vida exemplar, do princípio ao fim. Uma morte eficaz, vencida ao
3º dia para nos dar liberdade. Liberdade de pensar. Liberdade de amar.
Liberdade de viver do modo como Deus
planeou que vivêssemos – desde o início.
Pensemos nos
relatos de Mateus, Marcos, Lucas e João –contemporâneos e companheiros de
Cristo. Ao lê-los, verificamos como a Sua capacidade de apresentar princípios,
ilustrações e sublinhar verdades deixou esperança aos simples, despertou
curiosidade em alguns e desmoronou os argumentos dos religiosos.
Cristo veio abrir
as janelas do coração do homem, através do Seu amor, e soltar as mentes presas
a pensamentos sujos, negativos e escravizantes, que limitam a visão, o amor e a
vida.
Ele deseja que
cada ser humano seja livre do pecado, que domina o desejo e a mente. Ele quer
que cada pessoa experimente, a cada dia, uma proximidade e intimidade com a Sua
Palavra e com Ele, para que possa continuar a transformar-nos.
Jesus Cristo pôs
os Seus contemporâneos a pensar e desafiou-os a mudar. Naquele tempo isso
custou-Lhe a vida. E no nosso? Talvez seja precisamente isso que hoje
rejeitamos, movidos pelo pragmatismo exagerado, mas Ele anseia mudar a nossa natureza.
De robots comandados pelos desejos e estímulos errados, para pensadores livres
para serem transformados - continuamente.
“Porque,
quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a
mente de Cristo.” (1 Coríntios
2:16).
“E nós cristãos,
sem véu de espécie alguma sobre os nossos rostos, somos como espelhos que
reflectem a glória de Deus. E vamo-nos tornando cada vez mais semelhantes à
imagem do Senhor, a qual reflectimos também cada vez mais fielmente.” (2 Coríntios 3:18 – Versão “O Livro”).
Ana Ramalho
1 Augusto Cury; Filhos Brilhantes,
Alunos Fascinantes; Pergaminho
in revista Novas de Alegria, Outubro 2008
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