A última temporada
Em
Fevereiro andavam por aí uns cartazes a anunciar a última temporada de uma das
series mais vistas da Televisão: LOST (ou em português: Perdidos).
“Quando o
voo 815 da Oceanic Airlines se despenhou numa ilha no meio do Pacífico e a cada
sobrevivente foi dada a escolha de viver em comunidade ou morrer sozinho, ao
longo de cinco temporadas todos eles tomaram um caminho, em alguns casos por
vontade própria, noutros por imposição.”1
Viver em
comunidade ou morrer sozinho? Uma questão importante...
A pessoa
com que vivemos sem pausa somos nós mesmos, quer queiramos quer não, certo? O
modo como gerimos o nosso “eu”, a nossa vida, como nos vemos, afecta tudo o
resto.
Precisamos
uns dos outros desde sempre. Mesmo quem decide viver sozinho precisa dos
funcionários da companhia de electricidade para poder ter energia em casa, por
exemplo! Sentir que pertencemos a uma tribo, um grupo, uma família é importante
para a nossa estabilidade como pessoas.
Mas pode
ser um problema quando o grupo em que estamos inseridos nos prende a ideias ou
modo de vida prejudicial para a nossa saúde física, espiritual e psicológica.
Ou quando permitimos que a nossa razão de viver se limite a tentar agradar a
toda a gente do grupo para sermos acarinhados e bem tratados. Isso pode
levar-nos a abraçar um caminho destruidor, mesmo que seja devagarinho.
Para
termos uma imagem correcta de quem somos, devemos primeiro entender que fomos
criados por Deus... não somos um acaso da natureza ou um descuido. Deus
criou-nos para que nos relacionássemos com Ele e para que vivêssemos em
comunidade. Deus é amor e é através de uma amizade pessoal com Ele que somos
capacitados para termos amor por Ele e pelas outras pessoas. Infelizmente
estamos muitas vezes de costas viradas para Deus. Por causa disso não nos
sentimos amados e temos dificuldade em amar os outros imparcialmente.
Deus
importa-Se contigo, mesmo que penses o contrário, mesmo que já tenhas passado
por coisas que não tens coragem de contar a ninguém, mesmo que te sintas
perdido na viagem da vida. Quando assumes que precisas de ajuda, Ele vem e
começa uma caminhada contigo, dá um novo rumo à tua vida.
Gosto de
pensar que quando nos viramos para Deus, Ele recebe-nos como Pai... Isto pode
acontecer em qualquer temporada da vida, mas quanto mais cedo, melhor. Não
esperes pela última temporada...
“Por isso
não devemos ser como escravos medrosos e servis, mas devemos comportarmo-nos
como verdadeiros filhos de Deus, recebidos no seio da sua família e chamando-lhe
realmente querido Pai.” (Romanos 8:15 – versão “O Livro”)
Estou contigo... e o Pai também!
Ana Ramalho
1noticias.pt.msn.com,
2/2/2010
in revista BSteen, Maio 2010
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