EUforia ou DEUSforia?
Um aviso:
este texto não é aconselhado a pessoas que gostam que o mundo gire à sua volta e
que toda a gente lhes faça as vontades – incluindo Deus.
Este texto é para pessoas que querem viver de uma
maneira radical, não porque elas o achem, mas porque é o estilo de vida que
Deus, que as ama, pensou para elas. Para todos os que estão cansados de se
“entreter” uns aos outros em eventos, e querem pagar o preço de ter um estilo
de vida centrado nos desejos de Deus e nas necessidades dos outros – estejam
onde e como estiverem. Para quem vive salvo, sentado e insatisfeito porque
recebe tudo e mais alguma de Deus, não partilha com ninguém, e quanto mais tem
menos sorri.
Não é só o iPod, iPhone ou o MySpace que coloca as
palavras “eu” e “meu” no centro de tudo... é a cultura do consumismo como um
todo que tem-nos adormecido e deixado presos a essa falsa liberdade.
“Vendem-nos” o bem-estar, o prazer e os nossos direitos (os “meus” direitos)
como o centro da felicidade, da “minha” felicidade. Viver tudo aqui e agora,
sem pensar nas consequências, desde que o “eu” esteja em euforia e se sinta o
dono do mundo – do dinheiro, da popularidade, das coisas, e das pessoas que
usamos como coisas para a nossa satisfação. Ter autocontrole, esperar, repensar
e mudar atitudes erradas, pedir desculpa ou conselhos a pessoas com “cabecinha”
são coisas estranhas que recusamos porque não gostamos delas... não gostamos de
limites.
Pensa nisto: se seguir as emoções e viver a alta
velocidade preenchesse mesmo o nosso coração, porque é que passamos a vida à
procura de mais sensações, coisas e pessoas que nos dêem a “tal” felicidade?
A nossa EUforia precisa ser alterada para DEUSforia.
Quando colocamos o Criador como a base da nossa vida, vamos procurar a Sua
vontade em todas as áreas... não só o “como” mas também o “quando” viver. Temos
uma vida inteira para descobrir isso, através da amizade que vamos fazendo
crescer cada vez que falamos com Ele, lemos a Sua Carta de amor – a Bíblia – e
respondemos com uma vida de obediência amorosa. Aquilo que Deus deseja não é
que eu viva apenas para “o meu umbigo”, mas que O ame e aos outros, sabendo que
Ele cuida de cada detalhe da minha vida.
Quando deixas que o amor de Deus invada o teu coração
e espalhas esse amor de maneira prática – através de ajuda, perdão, interesse
genuíno pelos outros – vais perceber o real sentido da vida. Há um preço a
pagar. Sermos incomodados, desafiados, sentirmos o peso dos problemas das
pessoas, procurarmos mais Deus para nos ajudar a ajudar os outros. Mas vale
realmente a pena. Deixa Deus tornar-se a grande euforia da tua vida.
“Um dos
mestres religiosos (...) perguntou-lhe: De todos os mandamentos, qual é o mais
importante? Jesus respondeu: Aquele que diz: 'Ouve, ó Israel. O Senhor teu Deus
é o único Deus. Não há outro! Ama-o de todo o teu coração, com toda a tua alma,
com toda a tua mente com todas as tuas forças!' O segundo é: 'Ama os outros,
como a ti mesmo.' Não há mandamentos maiores do que estes.” (Marcos 12:
28-31, versão “O Livro”)
Ana Ramalho
in revista Palavra para ti hoje, Abril-Junho 2011
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