“O mar pode dar-nos paz”(1)
Numa
manhã, enquanto lia o resumo dos jornais, fui despertada pelo título acima. No site do Diário de Notícias um pediatra “tem bem noção que se pode e deve
aproveitar a ‘nossa enorme costa’ para alcançar algo que ‘nós temos cada vez
menos, que é paz’.”(1)
Como vivi quase toda a minha vida a 10
minutos da praia, sempre gostei de estar perto do mar, mesmo no inverno. Para
mim, um bom livro, uma esplanada e o mar são dos melhores ingredientes para uma
tarde perfeita.
No entanto, a paz que temos cada vez
menos, nem sempre se encontra na paisagem costeira. Vêm as ondas bravias de
setembro. As tempestades de inverno dão à costa vagas imensas. Pescadores
corajosos, em alto mar, desdobram-se para vencer as tempestades enquanto tentam
salvaguardar as suas vidas e o seu ganha-pão. O mar pode transmitir paz na
bonança, mas atira-nos a adrenalina e o pavor para altos níveis quando a
tempestade vem.
Nestes dias de grandes perturbações
sociais, económicas e pessoais, precisamos de paz a sério, independentemente das ondas da vida. Uma paz que não seja
fruto de algo exterior como a calmaria marítima ou comprimidos, nem de uma
falsa paz interior, pela autoajuda ou outras soluções precárias.
Essa paz precisa ser permanente,
eterna, firme, segura e completa. Aos Seus seguidores, Jesus prometeu e promete
que em relação ao presente e ao futuro eterno “a paz vos deixo, a minha paz vos dou. Mas não a dou como a dá o mundo.
Não se preocupem nem tenham medo.” (João 14:27, BPT).
A paz que o Pai de amor planta em nós, desde
que reconhecemos a nossa condição de pecadores, aceitamos que Jesus pagou o
nosso pecado, e começamos uma nova vida no poder do Seu Espírito, faz-nos
também ser pacificadores. Jesus explicou “felizes,
aqueles que se esforçam pela paz, porque serão chamados filhos de Deus.” (Mateus
5:9, OL)
Essa conquista não se faz apenas com
boas intenções, mas através duma predisposição em deixar Deus, através da Sua
Palavra e do Seu Espírito Santo, produzir em nós entre outras importantes
características, a paz. Paulo diz que o Reino de Deus “é questão de justiça, paz e alegria no Espírito Santo.” (Romanos
14:17, BPT) e que “o fruto que o
Espírito produz em nós é: o amor, a alegria, a paz, a paciência, a bondade, a
delicadeza no trato com os outros, a fidelidade, a brandura, o domínio de si
próprio.” (Gálatas 5:22, OL)
Os mares da vida podem ser turbulentos.
As vagas do dia-a-dia um desafio contínuo. A costa pode estar calma por
momentos. Mas a paz de Deus é constante, permanente e eterna. É Ele quem
garante essa paz, como diz a Palavra de Deus “Tu conservarás em paz aquele
cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.”
(Isaías 26:3, ARC).
Mas antes de ter a paz de Deus precisamos estar
em paz com Deus. Jesus já conquistou essa paz para nós. Quando nos rendemos
de alma e de coração a Ele e reconhecemos a nossa necessidade de uma vida nova,
uma vida em paz e de paz, Ele está pronto para o fazer.
Ana
Ramalho Rosa
1
“O mar pode dar-nos
paz”, Diário de Notícias, 14
de janeiro de 2013, www.dn.pt, consultado a 14 de janeiro de 2013.
in
revista Novas de Alegria, maio 2013
Texto escrito
conforme o novo acordo ortográfico
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