Ataques cardíacos? - versão 2013
Será que a “dor de
amor” causa um efeito parecido com o de um ataque cardíaco? Há um estudo que
diz que sim.
Esse estudo explica que ouvir uma
notícia triste ou chocante pode provocar numa pessoa sintomas semelhantes aos
de um ataque cardíaco - dores no peito, fluído nos pulmões, dificuldade de respirar, etc. Em outras
palavras, a “dor de amor” existe e é séria, afirma um estudo feito há uns anos por
uma equipa da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, publicada no New
England Journal of Medicine.
A
investigação sugere que a má notícia pode levar a um aumento de adrenalina na
circulação, e de outras hormonas ligadas ao stress,
fazendo com que o coração fique "atordoado". Segundo os cientistas,
esse excesso de hormonas do stress pode
ser tóxico para o coração. Para os "corações partidos", um alento: os
especialistas dizem que eles normalmente podem ser "reparados" durante
apenas algumas semanas.1
À FLOR DA PELE
O termo “coração”, na Bíblia, refere-se
diversas vezes às nossas emoções e sentimentos. Tal como precisamos de cuidar
do nosso “coração físico”, também devemos tratar do nosso “coração emocional”.
Na adolescência e juventude as emoções
estão ao rubro. Isto reflecte-se na forma como nos relacionamos connosco, com
Deus e com os outros, quer seja nos nossos relacionamentos familiares ou de
amizade, quer nos relacionamentos românticos (ou pseudo-românticos).
“Alegra-te, jovem, com a tua juventude! Goza cada minuto
dela! Faz tudo o que tiveres planeado. Mas não te esqueças que terás de dar
conta a Deus de cada coisa que fizeres. Evita pois aquilo que provocar desgostos e sofrimento;
lembra-te que a juventude, com toda uma vida por diante, passa como um vento. Lembra-te
do teu Criador na tua mocidade, antes que venham os maus anos- em que já não
tenhas prazer na vida.” (Eclesiastes
11:9 - 12:1, OL). O sábio Salomão diz “Podes escolher o que fazes com os
desejos do teu coração, mas cuidado que tudo o que fizeres tem as suas consequências...
o melhor mesmo é viveres para Deus.”
NÃO CONFIES NAS TUAS EMOÇÕES
“Enganoso
é o coração, mais do que todas as coisas” (Jeremias 17:9 a, ARC) Antes de
mais, precisamos compreender que as nossas emoções são variáveis, como um
termómetro que muda conforme a temperatura, por isso, não nos podemos guiar por
elas… caso contrário enganamo-nos a nós próprios, e somos “obrigados” a mudar
de direção apenas “porque sentimos”.
CUIDA DO TEU CORAÇÃO
“Sobre
tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração”
(Provérbios 4:23) Somos surpreendidos por diversas situações que geram
sofrimento. Às vezes, capítulos da vida bem complicados. O conselho de Salomão
é termos cuidado com o nosso coração. O que é fundamental para cuidarmos das
nossas emoções?
A) TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL - Para
isso, temos a Palavra de Deus, a Oração e o Espírito Santo. Ao “comermos”
diariamente doses consideráveis da Sua Palavra, estamos a controlar a nossa
“tensão emocional”. E quantas vezes o Espírito Santo nos traz paz e calma para
enfrentar as mais diversas situações, quando oramos? (Lê 1 João 2:14; Efésios
6:18). Precisamos que o Espírito Santo trabalhe as nossas emoções de forma a
que elas não acabem por nos controlar, mas Ele produza em nós um caracter que
agrade a Deus, no qual tenhamos autocontrolo (Gálatas 5:22-23).
B) EVITAR FACTORES DE RISCO – Não
“brincar” com o pecado, nem “testar limites”. João aconselha: “Deixem de amar este mundo mau e tudo quanto
ele vos oferece porque se amamos o mundo mostramos que não temos o amor do Pai
em nós. Porque tudo isto que existe no mundo - os desejos corruptos da natureza
carnal, a sede de ter o que nos atrai o olhar, assim como o orgulho da posse e
do poder - não vêm de Deus, mas faz parte da própria vida no mundo. E este
mundo passará, com toda a sua corrupção, mas aquele que faz a vontade de Deus
permanece para sempre.” (1 João 2:15 a 17, OL)
C) IR REGULARMENTE AO “MÉDICO” – Deus
quer escutar-nos e curar o nosso coração (Isaías 59:1), Ele deseja orientar-nos
nas nossas pequenas e grandes decisões (Provérbios 3:5 e 6). O Pai cuida de nós
como ninguém (1 Pedro 5:7)!
Precisamos estar atentos a nós mesmos e
não ter vergonha de pedir ajuda. É fundamental buscarmos ajuda em Deus e na Sua Palavra, sempre.
Com Ele conseguimos suportar melhor os problemas. Mas podemos também precisar
de ajuda de conselheiros cristãos ou até, se necessário, ter o auxílio de um
profissional.
O melhor a fazer é confiar plenamente a
nossa vida nas mãos de Deus, amando-O acima de todas as coisas e, por isso,
procurando viver de acordo com a Sua
vontade. Passarmos tempo a conversar com Ele, em comunhão… e também estarmos
com os nossos irmãos. Saber o nosso lugar neste mundo, como servos e servas de
Deus, através de uma vida diferente, uma vida que fale mais do que as nossas
palavras.
Ana
Ramalho Rosa
1
Fonte: Canal Saúde, www.sapo.pt
in revista BSteen, outubro
2013. Texto original da revista Novas de Alegria, suplemento NAJovem, Março 2006. Adaptado
Texto escrito conforme o novo acordo ortográfico
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