A verdade da mentira
Se no mês passado falámos de Lucas e da sua investigação na busca pela
verdade dos factos relativos à vida de Cristo, este mês falamos do outro lado
da moeda – a mentira.
“Uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade”, afirmou Joseph Goebbels, o ministro de Propaganda de
Adolf Hitler na Alemanha Nazi, que controlava quer os meios de comunicação quer
a área da educação. De facto, este homem sabia como a manipulação dos factos
pode levar as pessoas a acreditar e até dar a vida pela maior das barbaridades.
Hoje, olhamos para o panorama
mundial e vemos precisamente a mesma cena, com personagens e ambientes
diferentes. Grandes mentiras maquilhadas e distorcidas de tal modo que pessoas
sinceras, manipuladas, são levadas a defendê-las como grandes verdades.
Nos momentos de solidão,
quando pensamos na vida, quantas vezes nos segredam cá dentro pensamentos dissimulados
que se vão tornando destrutivos, em relação a nós mesmos e aos outros, conforme
pairam na nossa mente dia após dia, ano após ano?
De facto, dos pensamentos
íntimos mais profundos aos slogans repetidos
nos media, há mentiras que nos querem vencer, convencer e, por fim, matar.
Jesus avisou-nos que o Diabo “é homicida desde o princípio, e nunca se
firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala
do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira.” (João 8:44,
AA). “O ladrão só quer roubar, matar e
destruir. Mas eu vim para dar vida, e com abundância.” (João 10:10, OL)
Satanás “pinta-nos” como casos
perdidos, escravos de afirmações negativas que fizeram sobre nós ao longo dos
anos. Ele vai-nos matando aos poucos. Inspira-nos a não nos responsabilizarmos
pelos nossos erros, a desistirmos de nós mesmos, a pensar apenas no “aqui e
agora” e a vivermos a “sonhar” com a vida de terceiros.
Andamos tão embalados pela
valsa mentirosa do dia a dia que não paramos para olhar para cima, como se não
houvesse alternativa à lenga-lenga do
“não vale a pena”, “és um caso sem
solução”, “não te preocupes e segue o teu coração”.
Jesus não nos esconde a
verdade. Ele afirma claramente que porque pecámos contra o Pai, precisamos de
arrependimento e de aceitar o Seu sacrifício em nosso lugar, como Salvador, e a
Sua orientação para a vida, como Senhor, caso contrário teremos a consequência
da nossa decisão (Marcos 16:16; João 3:16-17).
Há esperança para nós,
independentemente do nosso passado e do nosso presente. Esperança quando nos
entregamos, tal como somos e estamos, esperando que Ele nos mude para sermos
cada vez mais como Ele é.
E se já vivemos nessa boa e
fiel esperança para hoje e para o amanhã, lembremo-nos dos outros que ainda não
a conhecem. “E conhecerão a verdade, e a
verdade vos tornará livres.” (João 8:32, OL)
A mentira existe, mas maior é
a verdade – Cristo. Desmascaremos as mentiras que nos levam para longe de Deus
e estimulemo-nos uns aos outros a ter o coração firmado na verdadeira
esperança, todos os dias. “Cristo
ocupando todo o vosso ser; o que é já garantia total da vida eterna passada na
glória de Deus, que é a nossa esperança agora.” (Colossenses 1:27, OL)
Ana Ramalho Rosa
in
revista Novas de Alegria, fevereiro 2014
Texto escrito
conforme o novo acordo ortográfico
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