Natal outra vez
Chegou mais um Natal. Outra vez. E o que é que isso significa para ti? Família, comida, feriado, férias...
e presentes! Por vezes ficamos tão concentrados em tentar conseguir “aquela”
consola ou “aquele” telemóvel com preço de 4 dígitos (que os pais vão comprar,
claro!) que pomos de lado o mais importante. Fazemos “birra” se não ganhamos o
que queríamos e até culpamos os nossos pais por terem mau gosto (e se calhar
bem pensamos que podem é ter uma carteira quase vazia)!
Gostava de vos
convidar a regressarmos ao início de tudo – desta celebração a que chamamos
Natal — e pensarmos na atitude de um dos intervenientes na história da vida
terrena de Jesus, ainda este tinha poucos dias de vida.
Como fazia parte da Lei
judaica, os pais de Jesus foram apresentá-Lo ao Senhor, ao templo em Jerusalém.
Havia ali um homem, chamado Simeão. A Bíblia diz que: “O Espírito Santo
tinha-lhe revelado que não morreria sem ver primeiro aquele que tinha sido
designado por Deus. O Espírito Santo inspirou-o a ir ao templo naquele dia, e
assim, quando Maria e José chegaram para apresentar o menino Jesus ao Senhor em
obediência à lei, Simeão estava lá. E tomando a criança nos braços louvou Deus:
‘Senhor, agora posso morrer satisfeito, pois vi aquele que tu me prometeste que
veria! Vi o Salvador que deste ao mundo. Ele é a luz que brilhará sobre as
nações, e será a glória do teu povo Israel.’” (Lucas 2:26-32, OL)
Simeão esperou tanto
tempo para ver o Salvador. Ele tinha uma convicção profunda, da parte de Deus,
de que isso iria acontecer, mas não sabia quando. Esperou até ao fim da vida
para que a Promessa de Deus estivesse nos seus braços. E, no processo, manteve a
sua esperança em Deus. Não se queixou do tempo de espera, não se revoltou. Nas
suas palavras o que podemos observar? Gratidão. Satisfação. Alegria. Convicção.
O mais importante estava a acontecer: o Salvador estava ali mesmo!
Que lição! Por vezes queixamo-nos de tudo, porque não temos o que queremos ou porque Deus não nos
responde logo, em vez de valorizarmos as coisas boas que Deus nos dá. Não
agradecemos as coisas simples como o facto de termos roupa, comida, uma casa,
uma cama, água potável, eletricidade, etc. Mesmo que só recebas meias
brancas no Natal, sê grato. Há quem não tenha meias brancas para aquecer os
pés!.
Que tal pensarmos no
exemplo de Simeão e sermos gratos? Gratos porque, independentemente do que
estivermos a passar, Deus é Deus. E Deus fez-Se Homem e habitou entre nós,
viveu e morreu no nosso lugar. Ressuscitou para sempre, garantindo a nossa
vitória sobre tudo o que nos impedia de viver de forma abundante e eterna com
Deus — Jesus fez tudo isto, sem merecermos nada!
Gratidão por tudo,
especialmente pela Salvação. E, depois, passa a palavra!
Ana Ramalho Rosa
in BSteen, dezembro 2018
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