Azul ou rosa?

“Menino ou menina?” Era esta a pergunta que me faziam quando estava grávida há pouco tempo. Soubemos, entretanto, que era menino. E nasceu, rapazito e agora um rapagão. Mas hoje uma coisa tão natural como saber o sexo do bebé parece não ser suficiente. Desde pequenos que os miúdos começam a ser ensinados que podem ser “meninos por fora e meninas por dentro” e vice-versa. Confusão? Sim. É mais um passo para atacar o Plano Perfeito de Deus para a família.

Deus fez-nos diferentes e especiais e criou-nos inteiros – espírito, alma e corpo. Para tudo e em tudo a Criação foi perfeita. Deus criou um homem e uma mulher para desfrutarem de um relacionamento completo e íntimo no casamento, começando assim desde o princípio a dar-nos as linhas orientadoras para a base da sociedade – a família. Depois veio o pecado e a confusão instalou-se.

Nem todos os rapazes gostam de fazer desporto. Nem todas as raparigas gostam de cozinhar. Mas funcionamos de forma diferente e complementar (podes ler mais acerca deste tema no texto da Raquel Pereira, nas páginas 6 e 7). A cor favorita do Francisco já foi o rosa e agora é o azul. Ele prefere cantar ou desenhar a brincar com carrinhos, mas isso não o torna menos rapaz. Ele é como é. Há uma passagem bíblica acerca disto. É um poema em que o autor, David, retrata de uma forma espetacular a maneira especial como Deus nos conhece e nos ama, sejamos raparigas ou rapazes.

“Tu me fizeste, Senhor; toda a estrutura do meu ser foi formada mesmo no seio de minha mãe! Por isso te louvo, pela forma maravilhosa e admirável como sou formado. Quando penso nisso não posso deixar de afirmar: ‘É um mundo maravilhoso!’ Logo nos primeiros momentos da formação do meu ser, quando só tu sabias que me estavas a formar, já aí intervinha o teu poder criador. Os teus olhos viam o meu corpo em formação, e no teu livro tudo ia sendo registado; tudo se ia realizando segundo o que estava programado mesmo antes de eu começar a existir!” (Salmo 139:13-16, OL)

Ana Ramalho Rosa

in BSteen, fevereiro 2019