Orar não basta?
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Todos sabemos que a oração é importante.... É daqueles conceitos que, sabendo por experiência própria ou não, aceitamos como verdadeiros. Sim, sem dúvida! Vemos Jesus, o Filho de Deus, como o exemplo em tudo e também nesta área. Quando esteve entre nós, cumprindo a Sua missão, Ele passava tempo a falar com o Pai. Os exemplos bíblicos são muitos. É até interessante que Jesus ensina os Seus discípulos a orar.
Mas não chega orar. Não sou eu que digo - é a Bíblia, em várias situações e circunstâncias. Pensemos apenas naquilo que Jesus disse aos Seus discípulos mais próximos depois destes terem adormecido, enquanto Ele orava no Jardim do Getsemani. Jesus disse: “Estejam atentos e orem para não serem vencidos pela tentação. O espírito está pronto, mas o corpo é fraco.” (Mateus 26:41, BPT, sublinhado da autora).
Como o Mestre preveniu os discípulos antes de anunciarem as boas notícias de salvação do Reino dos Céus: “Agora envio-vos como ovelhas para o meio de lobos. Sejam cautelosos como as serpentes e simples como as pombas.” (Mateus 10:16, OL, sublinhado da autora).
Pedro lembra-nos “Vivam sobriamente. Estejam vigilantes quanto aos ataques do Diabo, o vosso inimigo que vos cerca, rugindo como um leão, buscando a quem possa tragar.” (1 Pedro 5:8, OL, sublinhado da autora).
Paulo, depois de dar várias orientações aos crentes em Éfeso, acerca de como deveriam viver sendo novas criaturas, e de qual o “equipamento espiritual” que precisavam para lutar contra o inimigo, deixa a recomendação: “Façam tudo isto em espírito de oração e orem continuamente, em união com o Espírito Santo. Estejam vigilantes, prestem muita atenção a estas coisas e orem por todos os santos.” (Efésios 6:18, sublinhado da autora).
Precisamos orar. Sim. E precisamos vigiar. Também. Significa estar atento, alerta. E alerta porquê? Porque temos um inimigo que nos quer fazer desistir de seguir Jesus. Mas, atenção! Ele não é responsável pelas nossas más decisões ou pela nossa negligência.
Na vida cristã, precisamos que o Espírito Santo inunde e transforme toda e cada área do nosso caráter. O inimigo tem as “costas largas” – se vivemos sem submissão a Cristo é normal termos as consequências dos nossos próprios atos. É preciso não apenas dizer que somos cristãos – devemos ser seguidores de Jesus, efetivamente. Podemos adormecer, como os amigos de Jesus naquela situação, ou podemos estar tão distraídos a fazer tantas coisas - mesmo que sejam para Ele - que não damos conta das armadilhas que surgem no caminho (mesmo que disfarçadas de bênçãos). Nenhuma destas situações é boa.
Então, vamos assumir a nossa parte da responsabilidade no processo de amadurecimento do nosso caráter, ao entregarmos a nossa vida em oração e obediência ao Pai, estando atentos aos desafios que surgem, sabemos que Ele está connosco e nos ajuda.
E essa vigilância faz-se com tempo – numa época em que a urgência comanda a vida, precisamos travar, observar e esperar antes de avançar. Sejamos prudentes!
Ana R. Rosa
in Novas de Alegria, março 2023
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