“E eu, sou o Pai Natal!”
A expressão irónica que dá título ao editorial deste mês
não podia ser mais adequada! Se nunca a usámos já a ouvimos… quando achamos que
aquilo que é dito é demasiado bom para ser verdade, respondemos com a
exclamação “E eu, sou o Pai Natal!”
Acharão alguns dos nossos leitores que o Pai Natal não existe e que, por isso, falar de uma figura, pensarão alguns, inventada é tempo deitado ao lixo. “Afinal o Pai Natal existiu?” Recomendo a leitura do texto com esse mesmo título da nossa especialista em História, Dina Fernandes das Neves, nesta edição para quem queira saber!
Ironias e História à parte, o título tem mais a ver com o Natal do que aquilo que julgamos, à primeira vista. Ora, pensemos um pouco nas palavras de Paulo…
Em primeiro
lugar todos desobedecido ao nosso Criador e temos as consequências disso…
“Porque todos pecaram, tendo perdido o direito de acesso à glória de Deus.” (Romanos
3:23, OL)
Perder
acesso à glória de Deus, significa ficar separado de Deus. É a tragédia de o
mais importante dos relacionamentos rompidos, não por Sua culpa, mas por nossa
decisão de independência e rebeldia.
Mas a
história não termina aqui… porque o Ofendido quis sofrer a consequência das
nossas ofensas e ilibar-nos assim da nossa culpa. Restaurar o relacionamento
quebrado… e não exige nada, absolutamente nada, em troca da nossa parte… apenas
que assumamos essa necessidade e condição.
E agora,
diríamos pelo senso comum: “E eu, sou o Pai Natal!”
Na verdade,
o ser humano tende a pensar que é preciso fazer algo que leve Deus a amá-lo, a
aceitá-lo. Peregrinações, jejuns e joelhos rasgados. Ofertas, esmolas e
pagamento por isto e aquilo. Promessas ilusórias de perdão, de redenção em
troca de algo. Pensamos que aquilo que precisamos é de um sacrifício dramático,
de um gesto de enorme entrega, de dar algo de um valor imensurável… da nossa
parte.
Parece
demasiado bom para ser verdade…, mas nada disto é necessário. O sacrifício mais
dramático da História já aconteceu. O maior gesto entrega que a Humanidade
conheceu já ocorreu. A mais valiosa oferta que alguém poderia dar já foi
entregue.
Paulo
continua na sua carta aos Romanos: “E pela sua graça, que não merecemos, nos
declara justos, pela obra redentora de Jesus Cristo, sem nada pagarmos para
dela beneficiarmos. Na verdade Deus enviou Jesus Cristo para propiciação pelos
nossos pecados, pela fé no sangue que Jesus derramou por nós. Deus mostrou a
sua justiça ao redimir os pecados antigos. Ele agiu na sua paciência, a fim de
mostrar a sua justiça nos tempos de hoje: ele é justo e justifica os que têm fé
em Jesus. Poderemos nós então gabarmo-nos de ter feito alguma coisa para ganhar
essa salvação? Com certeza que não. E com base em que lei? Na das obras? Não,
antes na da fé. É pois assim que somos declarados justos pela fé em Cristo e
não por obras da Lei.” (Romanos 3:24-28, OL)
E à igreja
em Éfeso, o apóstolo clarifica: “Porque pela sua graça é que somos salvos,
por meio da fé que temos em Cristo. Portanto, a salvação não é algo que se
possa adquirir pelos nossos próprios meios: é uma dádiva de Deus. Não é uma
recompensa pelas nossas boas obras. Ninguém pode reclamar mérito algum nisso.”
(Efésio 2:8-9, OL)
Numa
conversa com um dos líderes religiosos do Seu tempo aqui na Terra, Jesus
explicou: “Deus amou tanto o mundo que deu o seu único Filho, para que todo
aquele que nele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. Deus não mandou o
seu Filho para condenar o mundo, mas para o salvar.” (João 3:16-17, OL) Sim,
Ele, Jesus é o Salvador. Aquele bebé que lembramos nesta época festiva, deu-Se
em nosso lugar.
Demasiado
bom para ser verdade? Parece ser, mas não é. Não se trata de publicidade
enganosa… mas promessa cumprida, provada pela morte e ressurreição de Jesus.
Se ainda não
o fez, experimente nesta época especial entregar a sua vida a Jesus, por
completo, e deixá-Lo transformar numa nova pessoa, livre para viver para Deus.
Um
Santo (e Verdadeiro!) Natal.
Ana R. Rosa
in revista Novas de Alegria, dezembro 2024
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