O grande peso das coisas pequenas
Um
exemplo disso é o um jovem argentino. Era um rapazinho pequeno, que gostava
imenso de jogar à bola e que tinha o sonho de ser futebolista. Um dia,
disseram-lhe que não ia poder jogar futebol profissional, porque tinha um
problema de crescimento, que só se resolvia com uns tratamentos. Acabou por haver
um clube, que decidiu pagar esses tratamentos e apostar nele. Chama-se Lionel
Messi, tem 23 anos, mede 1.69m e por ser tão pequeno e irrequieto, passaram a
chamar-lhe Pulga. Hoje em dia, é
considerado um dos melhores jogadores de futebol do mundo.
A
epístola de Judas pode caber nesta ideia. É uma carta tão pequena, que às vezes
nem nos lembramos de onde está (encontra-se mesmo antes do livro de Apocalipse,
na Bíblia). Com apenas 1 capítulo e 25 versos, Judas (não o que traiu Jesus,
mas o irmão de Tiago) chama-nos à atenção para coisas muito importantes e que
nos devem levar a estar irrequietos (no bom sentido).
Podemos
achar que ela também tem problemas de crescimento. Afinal, em tão poucos
versículos, pode dizer o quê de importante? Judas alerta-nos para estudarmos
aquilo que aprendemos e para continuarmos a lutar no caminho de Deus, mesmo com
as dificuldades que apareçam pela frente. A ideia original de Judas era falar
sobre a salvação, mas Deus levou-o a escrever sobre outro assunto. Tal como Judas
diz “Mas agora senti-me levado a encorajar-vos a combaterem pela fé que foi
dada de uma vez para sempre aos santos.” (Judas 1:3, versão O Livro).
Hoje
em dia a sociedade diz que tudo o que Deus nos mostra na Bíblia e que deseja
para nós é pequeno e sem importância. Aprendemos coisas na igreja e na escola
ensinam-nos outras, que acabam por entrar em choque. É importante confiarmos em
Deus, crermos na Sua Palavra, mesmo que possa parecer sem sentido nos dias que
correm.
Coisas
que podem parecer pequenas, mas que são mesmo muito importantes, tais como orar
ou ler a Bíblia, vão ajudar-nos a basear a nossa vida n’Ele. E esta sucessão de
coisas pequenas vai levar a algo muito grande, que é a eternidade com Deus, mas
também a dar um bom testemunho com as nossas vidas. Ou seja, mostrar, na
prática, às pessoas que estão connosco todos os dias que o amor de Deus em nós,
nos leva a amá-Lo e também a amar essas pessoas. Seja ouvindo um amigo triste,
orando por um vizinho doente, falando de Jesus aos nossos colegas, etc, todas
estas coisas pequenas, podem ter um peso muito grande, não só na nossa vida,
mas também na vida daqueles que Jesus ainda não alcançou e deseja que nós
alcancemos para Ele.
Ricardo Rosa
in
revista BSteen, abril 2012
Texto escrito
conforme o novo acordo ortográfico
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