O velório
Existem duas coisas que temos como certas: o
nascimento e a morte (a não ser que
sejamos arrebatados, mas isso é um assunto que fica para o pastor Miguel Matias
falar nos Temas Proibidos um dia destes).
Pode ser estranho estar a
escrever sobre a morte quando estás ainda a aprender a lidar com a vida, mas o
facto é que ela existe. Quando alguém que nos é próximo morre, precisamos saber
lidar com isso.
Custa perder alguém que
amamos muito, que é uma referência para nós. Aquelas horas entre receber a
notícia e o funeral são de tensão. E, pelo meio, temos o velório. Família e
amigos aguardam que o tempo passe. Recuperam memórias, choram a saudade, tentam
lidar com o que aconteceu.
Na Páscoa, lembramos a morte
de Jesus, o Seu sacrifício na cruz. Não por pena, mas por amor, pela Sua graça
preciosamente cara, Ele entregou-Se por todos e por cada um de nós.
Naquela sexta feira, posso
tentar imaginar o que pensavam os que O seguiram durante o tempo em que passou
pela terra. Os discípulos julgavam que Cristo vinha como Governador pela força
e violência. Talvez achassem que no último segundo iria sair da cruz,
milagrosamente. Mas não. E agora? Seria Cristo mais um profeta passageiro, que
passaria à história?
Os quatro jornalistas que
escreveram os evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) fazem questão de nos
ajudar a perceber que Jesus não ficou morto, mas voltou a viver, como tinha
dito. Jesus venceu a morte para nos dar vida. Ele ressuscitou para nunca mais
morrer. Ele continua vivo, com todo o poder.
Como cristãos, a nossa vida
não pode ser um velório, mas uma celebração à vida. Vida saudável, como Deus
deseja, vida a valer, que Ele dá, vida eterna, com uma alegria interior que vem
do Pai! Mesmo no meio de todas as dúvidas, das tuas lutas e das situações mais
difíceis, Jesus continua connosco, em todo o momento, porque Ele vive. Isso
dá-nos esperança e segurança, porque Ele não nos desilude.
“E se a nossa esperança em
Cristo é unicamente para esta vida, nós somos as pessoas mais miseráveis no
mundo. Mas o facto é que Cristo ressuscitou mesmo dos mortos e se tornou o
primeiro entre milhões que um dia voltarão a viver!” (1 Coríntios 15:19-20,
versão “O Livro”)
Estou contigo!
Ana Ramalho
in revista BSteen, abril 2012
Texto escrito conforme o novo acordo ortográfico
Comentários