A testemunha corajosa
Escrava, aquela
menina fazia o que lhe mandavam, para sobreviver naquela terra estranha. Servia
na casa de um herói nacional sírio, mas ele estava doente – era leproso.
Ao ver o
sofrimento daquela família, falou de um homem de Deus que poderia ajudar o seu
amo. O nome do profeta era Eliseu. O do grande militar era Naamã. O da
menina... não sabemos. O Rei da Síria escreveu ao Rei de Israel, pedindo que
ajudassem o homem forte do seu exército, para que fosse até à pessoa certa e
terminasse curado daquela doença incurável.
Se não te
lembras do resto da história, podes ler em 2 Reis 5:1-19. Apesar de não querer
seguir a “receita” que o profeta Eliseu lhe deu, Naamã tentou e o milagre
aconteceu: foi curado de lepra!
Quando leio este episódio,
penso: “será que eu teria a mesma coragem daquela menina?” Imagina se Naamã
simplesmente recusasse ouvi-la? E se a cura não viesse a acontecer? Era muito
arriscado, sendo ela uma escrava. O facto é que não teve medo e, por causa da sua
coragem, Naamã foi curado e reconheceu “Agora sei que em todo o mundo
não há um verdadeiro Deus senão em Israel.”
(v.15, OL)
Sabes, por vezes
pode parecer arriscado dizermos aos nossos amigos que Deus pode mudar a vida
deles, curá-los, etc. Podemos ter medo de ser o gozo da turma, que façam de nós
“palhaços” nas redes sociais... enfim. Mas, se não falarmos quando eles estão a
passar por um mau bocado, se nos calarmos quando os vemos tristes ou
desiludidos, quem irá falar?
É verdade que,
acima de tudo e em primeiro, devemos “falar” com a nossa vida – o modo como
vivemos, falamos, reagimos e “postamos” – e mostrar-lhes Jesus, mas, como
aquela menina, precisamos ser testemunhas daquilo que Deus pode fazer nas vidas
dos que O abraçarem de corpo e alma, arrependidos do caminho errado que têm
levado, desejosos de um novo caminho.
O mandamento
ainda é o mesmo: “Mas receberão poder ao
descer sobre vós o Espírito Santo e serão minhas testemunhas tanto em
Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até aos lugares mais distantes do
mundo.” (Atos 1:8, BPT)
Estou
contigo!
Ana Ramalho Rosa
in
revista BSteen, abril 2014
Texto escrito
conforme o novo acordo ortográfico
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