Um dia não são dias
Um dia não são dias, diz o ditado popular. Usamos essa frase
para justificar “extras” e “exageros” que não fazemos no dia a dia. De facto, há
dias especiais. Dias diferentes em que fazemos coisas diferentes, como quando
vamos a um casamento, uma gala, uma festa de aniversário ou estamos de férias.
Saímos da rotina, porque é um dia diferente.
No nosso relacionamento com Deus temos também o dia a dia. Temos
a nossa rotina, que não tem de ser necessariamente algo negativo. As rotinas
ajudam-nos a ter estabilidade e segurança. Precisamos de nos relacionar com
Deus dia a dia, através da oração, da meditação na Sua Palavra, através da
comunhão uns com os outros, quando nos reunimos para cultuá-Lo como igreja, e
partilhamos a Sua Palavra, testemunhos, etc.
Mas, tal como diz o ditado, também na nossa relação com
Deus, um dia não são dias… e há dias que nos marcam mais do que outros. Há um
tempo, numa reunião e jovens, cada um tinha de trazer um objeto que lhes
fizesse lembrar de alguém ou de alguma situação que foi importante no seu
relacionamento com Deus. E foi fantástico ver como Deus opera de forma tão
peculiar com cada um, conhecendo-nos como só Ele nos conhece.
Mais do que fazer “resoluções de Ano Novo”, desafio-te no
iniciar deste novo ano, a registares num caderno as experiências especiais que
já tiveste com Deus. Mesmo que não te lembres muito bem de quando foi, regista
e, a partir daqui, continua a registar os dias especiais do teu relacionamento
com Deus. Pode ser a resposta a uma oração, algum gesto especial que alguém tem
para contigo numa fase complicada, uma situação em que Deus te usou para ajudar
alguém, etc. … E daqui a um ano, relê tudo aquilo que Deus já fez em ti e
através de ti.
“Oh, minha alma,
louva o Senhor!
sem esquecer nenhuma
das coisas boas
que tem feito por
mim!”
(Salmo 103:2, OL)
Ana Ramalho Rosa
in BSteen, janeiro 2019
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