Contrastes de Natal!

FOI O MEU PRIMEIRO NATAL DEPOIS DE IR À AUSTRÁLIA, PRECISAMENTE. LIGUEI AOS MEUS AMIGOS PARA LHES DESEJAR BOAS FESTAS. POR CÁ ESTAVA UM FRIO DE RACHAR… “NÓS VAMOS PARA A PRAIA. ESTÃO 35º C À SOMBRA!” DISSE A MINHA AMIGA COM A MAIOR DAS NATURALIDADES.

Estamos tão habituados ao Natal ‘fresquinho’ aqui na Europa (e em algumas zonas possivelmente até com neve) que achamos estranho passar o Natal com calor, mergulhos e gelados, como acontece em boa parte do hemisfério sul.

A mesma data, a mesma celebração, mas um grande contraste! Mas nem é preciso voarmos para sul para vermos o contraste no Natal. Basta olharmos para o nosso lado.

A família unida, no meio de sorrisos e alegria, mesmo sem a mesa farta (como achamos ser preciso para passar esta quadra), mas cheia de vida e gratidão pela oportunidade de conhecer e celebrar o nascimento do Salvador… ao lado daqueles que se endividam para oferecer os presentes mais caros, ter a mesa mais cheia, e não ficarem “mal na fotografia” quando chega a hora de trocar presentes com o resto da família. Nunca é um Natal alegre o suficiente, porque as coisas nunca poderão satisfazer quando o espaço que só Jesus pode preencher continua cheio daquilo que é passageiro e não importa- só Ele faz a diferença!

O emigrante que encontra na igreja uma família… ao lado da senhora que vive sozinha, já sem família para a acolher.

A mãe solteira que se desfaz em planos e ideias para dar um Natal com significado aos filhos… ao lado do homem de negócios que aguarda os papéis do divórcio, enquanto acaba a sua segunda garrafa de vinho, escondido num quarto de hotel.

Os avós que preparam um programa especial com poemas e canções de Natal, para depois da ceia com os netos, filhos, noras e genros no seu pequeno apartamento… Os filhos menores que recebem a notícia de que este pode ser o último Natal que a mãe passa com eles.

O Natal do sem-abrigo que encontrou abrigo em Jesus. O Natal da adolescente que engravidou e agora sente-se sem rumo. O Natal da simplicidade e da Natividade. O Natal do consumo, mas “sem sumo”. O Natal que fica. O Natal que passa.

Natal é tempo de contrastes. Desde o princípio. Desde o primeiro Natal. O Rei nascido numa estrabaria, no seio de uma família humilde. Adorado pelos gloriosos anjos e ao mesmo tempo pelos simples pastores.

O Maior fazendo-Se menor, por amor. O Amor por amor aos Seus inimigos, para que pudesse morrer no lugar daqueles que O ofenderam e que O viriam a matar.

“Esteve neste mundo, que foi criado por ele, mas não o conheceram. Veio para o seu povo e os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus. Bastava confiarem nele como Salvador. Esses nascem de novo, não no corpo nem de geração humana, mas pela vontade de Deus.” (João 1:10-13, OL)

Este é o desafio do Natal: confiar inteiramente a nossa vida nas mãos do Salvador, Jesus Cristo, o Senhor.

Um Santo e Feliz Natal para todos!

 

Ana R. Rosa


in revista BSteen, dezembro 2023


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