A maior dádiva de amor (NA)
Poderia ser o título de uma comédia romântica da década de 1990…, mas não é! A que me refiro, então, quando falo de “A maior dádiva de amor”?
Os
protagonistas desta obra são reais, de carne e osso. A narrativa corresponde à
mais épica história, com todos os ingredientes que fazem parte de um enredo de
sucesso: as características dos personagens, a traição, o suspense, a ação, e
muitas emoções à mistura. Tem tanto de imperfeição como de apoteose, tanto de
poético como de dramático. Tem uma trama que nos agarra, num argumento
inacabado, mas completo.
“A
maior dádiva de amor” é conhecida por outro nome, e talvez por isso não a
possamos identificar à primeira vista. De que falo eu? Da narrativa da Bíblia
Sagrada.
Tudo
começa com o Criador e a Sua criação. Com a sua perfeição, complementaridade e
harmonia. Com a liberdade da escolha e a clareza da informação acerca das
consequências da opção dos sere humanos: do caminho com Ele ou do caminho da
nossa autossuficiência.
Apesar
dessa perfeição, a certa altura a escolha recaiu na segunda opção… e daí veio a
consequência, mas também uma promessa. Como o Criador ama os seres humanos. Os
únicos criados à Sua imagem, conforme a Sua semelhança, Ele promete alguém que
voltaria a trazer a paz entre Ele o homem e a mulher.
O
primeiro casal. Os primeiros filhos. O primeiro homicídio. Seguindo à sua
maneira, a Humanidade estava na sua grande maioria de costas voltadas para o
Deus que a criou. Mais avisos durante anos. Uma salvação para os que criam em
Deus. O Dilúvio. Renovação. Nova rebeldia. A chamada de um homem sem filhos e a
promessa de uma grande família que se tornaria uma grande nação. Abraão… que
foi por um atalho e meteu-nos em trabalhos: nasce Ismael e só depois Isaac, o
filho da Promessa. Jacob. José. Povo escravo no Egito. Moisés. Percurso no
deserto. Josué. Terra Prometida. Geração que se afasta de Deus. Juízes. Samuel.
O
povo pede um rei terreno… Saul. David. Salomão. Reboão. Reino dividido.
Apostasia. Cativeiro. Profetas e reis. Avisos e promessas. O Messias virá. 70
anos. Retorno do povo à Terra prometida. 400 anos depois: João Batista… anuncia
“A maior dádiva de amor”. “No dia seguinte, João viu Jesus encaminhar-se
para ele e disse: ‘Este é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo’.”
(João 1:29, BPT)
Jesus!
Ele mesmo afirmou: “Porque Deus amou o mundo, de tal maneira, que deu o seu
Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (João 3:16-17) Jesus
morreu e ressuscitou. Pagou o preço do meu e do teu pecado. A Sua morte dá-nos
salvação. A Sua ressurreição dá-nos vida eterna… Aquele que nunca pecou, morreu
no lugar daqueles que O ofenderam…
A
história ainda não terminou. Antes de subir aos céus, Jesus deixou uma ordem à
Sua igreja: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre
vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e
Samaria, e até aos confins da terra.” (Atos 1:8) Jesus prometeu que
voltaria. E avisou para que estivéssemos preparados, deixando vários sinais
para estarmos alerta. Os acontecimentos futuros são imensos e o espaço é curto
para falar de todos, mas pensemos nos últimos capítulos…
“Então vi um novo céu e uma nova Terra, porque o velho céu e a
velha Terra tinham desaparecido, e o mar também já não existe. E depois vi, eu
próprio, a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus,
esplendidamente bela, como uma noiva no dia do casamento. E ouvi uma voz muito
forte, que vinha do trono, dizendo: ‘Eis que a morada de Deus é agora entre o
seu povo! Ele habitará com eles e eles serão o seu povo. Deus mesmo estará com
eles. Limpará de seus olhos toda a lágrima e não haverá mais morte; nem haverá
tristeza, nem choro nem dor. Tudo isto pertence, para sempre, ao passado.’” (Apocalipse 21:1-4, OL)
O
fim desta história depende da nossa decisão: aceitar ou rejeitar Jesus. “Mas,
a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus,
aos que creem no seu nome.” (João 1:12) Podemos fazer parte de um final
feliz. A escolha é nossa!
Ana R. Rosa
in revista Novas de Alegria, junho 2024; Photo by Brock Wegner on Unsplash
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