Deve ser horrível ser Jesus no Natal! (BSteen)

Photo by Rod Long on Unsplash

Muito se fala de Natal e Espírito de Natal nesta época, mas cada vez mais se fala de tudo menos da verdadeira origem e razão desta época. Se eu fosse Jesus, iria achar horrível viver esta época. Celebrar o Natal sem mencionar sequer o nascimento da Maior dádiva da humanidade é uma fraude! Falar do espírito do Natal sem reconhecer a fonte é plágio!

Mas... Jesus não é como nós! Espanta-me saber que esse mesmo Jesus que esquecemos num presépio, num postal, no papel de embrulho amachucado na noite da consoada, nas memórias de infância, ou mesmo no vazio, continua de mãos abertas para nos receber e fazer acontecer em nós o verdadeiro Natal!

Se Jesus nos retribuísse como nós Lhe retribuímos, a desgraça seria completa. Mas a Sua graça é maior do que a nossa desgraçada condição humana. Somos ingratos, inconstantes, presunçosos, elitistas, orgulhosos, falsos, irritadiços, mesquinhos, depravados... e Ele é assumidamente amoroso, bondoso, justo, santo, eterno, constante, imutável. Um Deus tão oposto a nós, mas tão desejoso de Se relacionar connosco!

O mais interessante nisto tudo é que quem precisa desesperadamente Dele sou eu, és tu, é cada ser humano. Jesus não precisa de nós, mas Ele ama-nos. O Natal é a demonstração clara desse desejo de Deus em ser o nosso Pai e Senhor. As decisões erradas que tomamos (até em pensamento) separam-nos de viver em plenitude esse relacionamento que, realmente, nos preenche, dá força interior, e transforma-nos gradualmente em pessoas melhores.

A prenda de Deus para remover tudo o que nos separava Dele custou caro, mas hoje é um presente, gratuito. Jesus, o Filho de Deus, deu-Se numa vida humana e numa morte desumana para remover completamente essas barreiras, criadas por nós – o pecado.

Agradece-Lhe hoje por isso e, se ainda não recebeste este valioso presente, tens uma oportunidade. Celebra o verdadeiro Natal, não num ato exterior, mas no coração preenchido pelo amor de Deus.

“... quando Maria e José chegaram para apresentar o menino Jesus ao Senhor em obediência à lei, Simeão estava lá. E tomando a criança nos braços louvou Deus: Senhor, agora posso morrer satisfeito, pois vi aquele que tu me prometeste que veria! Vi o Salvador que deste ao mundo.” (Lucas 2:27-31, OL)

Ana Ramalho Rosa

(in BSteen, dezembro 2020; originalmente publicado na Novas de Alegria dezembro 2009, adaptado)   

Comentários