Ataque suicida


Tudo parece calmo, sereno, santo e celestial... Ninguém desconfia. Ninguém teme porque, aparentemente, não há suspeita possível. Um dia, desvenda-se o ataque suicida.

Atrevo-me a "puxar a corda" até ao máximo. Não serei de um extremismo radical exacerbado, mas espero "tocar com o dedo nas feridas" - especialmente nas minhas.

Se os ataques terroristas, em especial os suicidas, nos deixam horrorizados... temo que, por vezes, nós próprios façamos pequenos atentados, com pequenas ameaças, pequenas atitudes... mas em relação ao Corpo de Cristo - a Igreja.

Faço-o quando quero construir uma Igreja à minha imagem e não ser um instrumento para torná-la a Noiva de Cristo - independentemente da raça, género e cultura dos seus membros.

Quando acendo a "dinamite" da murmuração, as "bombas caseiras" da inveja.

Quando me demito de ser discípula de Cristo, abandono o Sermão do Monte e desço até ao destemido desejo insaciável pelo poder, pelo domínio, pela superioridade incansável que a serpente vendeu a preço bem caro aos nossos pais, no Éden.

Quando me esqueço que a Igreja são as pessoas: Não é uma empresa à procura de lugares de topo na miserável bolsa. Quando reduzo, rebaixo e aniquilo o outro, por causa do que "eu" penso...

Um ataque suicida? Sim! Porque a igreja não sou eu de um lado e os outros do outro: somos nós! E quando eu prejudico o meu irmão, prejudico-me a mim mesma. Quando ataco o outro, ataco-me a mim.

O nosso corpo tem muitas partes, mas o conjunto constitui um só corpo. Assim é também o corpo de Cristo: cada um de nós é uma parte do corpo. (...) Assim é criada uma harmonia entre os membros, de maneira que todos os membros cuidam uns dos outros igualmente. Se uma parte sofre, todas as partes sofrem com essa, e se uma parte é honrada, todas as partes ficam satisfeitas. (1 Coríntios 12:12, 25, 26 - versão "O Livro")


Deus, ajuda-me a ver a Igreja como Tu vês. Jesus, ajuda-me a dar o mesmo valor que Tu dás à Igreja... deste a vida por ela! Perdoa-me o meu altivismo e o facto de, tantas vezes, não fazer as coisas à Tua maneira, mas à minha maneira.

Assim seja!


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