T.P.C.

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Era 6ª feira. Faltava pouco para o toque de saída. O professor estava a acabar de fazer um exercício no quadro. Eu já só pensava no fim de semana.

Entretanto, ele vira-se para a turma “Para não terem um fim de semana aborrecido, levam para casa os exercícios da página 21 e 22!”. A reação geral, já estás a ver: ninguém gosta de T.P.C., especialmente ao fim de semana!

Isto aconteceu várias vezes naquela disciplina... era maçador, mas alguns tentavam fazer os exercícios e compreender a matéria. A diferença viu-se nos resultados dos testes.

“Escravos, obedeçam cuidadosamente aos senhores que tiverem neste mundo. Façam-no com lealdade, como se estivessem a servir a Cristo. Não obedeçam só quando estão a ser vigiados e para lhes agradar. Comportem-se como servos de Cristo, que põem toda a sua alma no cumprimento da vontade de Deus. Ponham toda a boa vontade no trabalho, como se trabalhassem para o Senhor e não para os homens. Lembrem-se que qualquer pessoa, seja escravo ou livre, receberá do Senhor a recompensa do bem que tiver feito. Senhores, procedam da mesma maneira para com os vossos escravos. Não os ameacem com castigos. Saibam que, tanto para vós como para eles, existe um Senhor, que está nos Céus. E ele não faz diferenças entre as pessoas.” (Efésios 6:5-9, BPT)

Se Paulo estivesse a escrever hoje em vez de escravos diria empregados, em vez de senhores diria patrões. Também nesta área Deus criou princípios, para que não existam injustiças. O trabalho faz parte da vida. Para se viver é necessário dinheiro. Para se ter dinheiro é preciso ter um emprego. Para ter um emprego, é preciso haver um patrão... lógico?

Os manos em Éfeso ficaram a entender que os empregados têm de cumprir as suas tarefas, sem ser só quando eles estão a ver. A responsabilidade e dedicação deve ser tão grande como se estivessem a trabalhar para Deus diretamente... Só que os patrões também têm obrigações: tratar os funcionários com dignidade, com respeito, sendo justos com eles.


Repara: Deus recompensa o bem que cada um fizer, quer seja patrão ou empregado!

E a escola? É uma parte da tua formação e preparação para o mundo do trabalho. É enquanto estás na escola que vais criando hábitos de organização de tempo, que vais aprendendo imensas coisas úteis, trabalhar em grupo... e vais estando com professores que são os teus “patrões”, num certo sentido. Não recebes notas de Euros, mas tens notas... as tuas classificações.

A tua dedicação à escola (incluído os T.P.C.) agrada a Deus. O modo como lidas com os professores, os auxiliares, etc., e vice-versa. É o mesmo princípio! Devemos ter respeito uns pelos outros, cada um na sua função, com os seus deveres e obrigações!

 

VAMOS PENSAR

1 – O que aconteceria se empregados e patrões agissem como Deus deseja?

2 – Imagina se Jesus fosse teu colega de turma. Como é que ele seria nos estudos, na relação com os professores?

3 – Há matérias mais do nosso agrado e professores que nos cativam mais do que outros. Como é que lidas com isso?

4 – Porque é que é importante os professores e os alunos terem um nível diferente de autoridade?

 

VAMOS ORAR

Desafio-te a orar por dois temas: trabalho e escola. Na tua conversa com o Pai, deves falar dos empregos dos teus pais... é de lá que vem o sustento da família.

Se eles ou um deles está desempregado, orar a Deus para que tenham tudo o que precisam, para que arranjem um trabalho... e tenta ajudá-los, animá-los.

Agradece também pela escola... e se estás com dificuldade com alguma matéria ou professor, pede a Deus sabedoria!


Estou contigo!

Ana Ramalho Rosa


in BSteen, outubro 2020  

Texto retirado do livro ‘TÁS com Deus – carta aos efésios descomplicada, Ana Ramalho, Edições NA (Adaptado) 



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