4 questões incontornáveis na Geração Z - Um desabafo sobre liderança de ministérios juvenis

Photo by Eliott Reyna on Unsplash

A
valiar-nos e percebermos aquilo que de importante precisa ser redirecionado é essencial quando olhamos para o futuro. Nesta constatação em jeito de desabafo, vamos perceber quatro questões incontornáveis, quando falamos de trabalho com a Geração Z.

O desabafo que partilho não é circunstancial. Arrisco mesmo dizer que é um constatar da realidade. Uma realidade que não gostamos de admitir. Que nos incomoda, que pode criar desconforto e obrigar a pensar e a rever algo do que fazemos. É o tipo de situação que nos confronta com algo que não está bem e exige uma mudança. Talvez um dos grandes problemas em falarmos abertamente sobre esta área seja o desinteresse. Há desinteresse. Não é fictício. Podemos procurar ignorar esse desinteresse, até mascará-lo e chamar-lhe outra coisa, mas a verdade é que há um desinteresse. Por parte de quem? Qual o motivo? Na realidade, o desinteresse é geral. Começa muitas vezes nos líderes e alastra para os “liderados”. E o motivo não é difícil de compreender. Talvez, porque é amargo, seja difícil de aceitar… Não é uma questão de culpa, é uma questão de convicção. Que é algo que está na raiz deste problema.

Elencando o que acredito serem os motivos, talvez seja mais fácil explicar-me:

a)    Entretenimento

b)    Doutrina

c)    Realidade

d)    Experiência

Estes quatro pilares são na verdade (peço perdão pela analogia que pode soar forçada) os “quatro cavaleiros do desinteresse”. Em que medida? Bem, certamente no sentido em que são quatro elementos presentes, com os quais lidamos (dentro de várias formas), mas que não encaramos de frente, reconhecendo como problema. Sem reconhecimento do problema, como dirá certamente qualquer conselheiro bíblico, psicólogo ou psiquiatra, não há maneira de ajudar na resolução. E o termo certo é problema. É algo que precisa de uma solução, com ou sem aritmética. Trata-se de assumir, avaliar e alterar o que encontramos como falha.


ENTRETENIMENTO

“O mercado irá pagar melhor ao entretenimento do que à educação.”

Warren Buffet, investidor 

A sociedade do trabalho manual deu lugar à sociedade dos serviços e com isso o pensamento mudou. Como? Os setores como agricultura, pescas e outros, que eram de trabalho de proximidade, foram eliminados e substituídos por setores onde impera uma máxima de rapidez, eficiência e descarte. Deixámos a cultura do trabalho de proximidade ser afastada e demos lugar à cultura da satisfação do ego. Hoje vivemos com a ideia do on demand e com os vários serviços que nos facilitam a vida. Netflix, Disney+, Glovo, Uber, Amazon Prime, etc.

Esta cultura, associada ao entretenimento, “assaltou” as igrejas e, por conseguinte, vários dos “departamentos”. Não vou focar outras áreas que não a dos ministérios juvenis, mas é transversal. Os pregadores são afastados se a homilética ou o estilo não for pop, ou não cativar a audiência nos parcos minutos que a atenção lhe dá - pela imagem, pelo tipo de linguagem, pelo emocionalismo que coloca… Se o grupo de louvor não tocar as músicas X, Y ou Z, é descartado. Corta-se laços com igrejas locais porque o louvor não é “jovem”, os pregadores não são dinâmicos ou não há presença nas redes sociais q.b.

No meio de uma pandemia, existindo barreiras que limitam a comunicação verbal e não verbal presencial, as redes sociais são de facto importantes. Trazem um sentimento de maior identificação e há um acompanhamento de quem a igreja é e faz. Mas não podem ser o cerne. É ridículo, mas isso acontece, por vezes com a conivência e participação de quem deveria liderar pelo exemplo. Porquê? Talvez seja mais fácil ceder a esta onda e tentar garantir aumento da assistência do que procurar um processo que leva ao amadurecimento da mesma. Quantidade não significa qualidade. Obviamente, não é motivo para não existir um esforço para alcançar e crescer numericamente. O que não pode é ser feito sacrificando o compromisso, amadurecimento, o processo que leva tempo e exige que o ensino seja contínuo, assim como o estímulo para a busca da presença e manifestação contínua do Espírito Santo. Jesus, os Doze, os Setenta, toda a linha histórica da Igreja, por perto de dois mil anos, tem servido e vivido o Cristianismo numa lógica de serviço-doação e não numa lógica de serviço-consumo.

Uma geração servida por serviços e ancorada no entretenimento não tolera esforço. Abomina-o. Na verdade, abomina-o completamente. Passar dez ou vinte minutos a ouvir uma mensagem, sem procurar mexer no smartphone, tablet ou distrair-se com qualquer outra coisa, é um esforço quase hercúleo. Isto diz muito do que esta geração é. Não está perdida, felizmente. Mas está danificada. E não temos de ter vergonha de o assumir. Se nós, quem é suposto nutri-la, formá-la e levá-la a servir connosco não assumirmos esta realidade, e não corrigirmos a cultura de entretenimento e sensacionalismo, estamos a criar uma geração que vai colapsar em si própria ou viver agarrada ao que é trend e não ao que é permanente. Vai mutar, não de modo positivo, mas do pior modo possível. Porquê? Porque se vai tornar cada vez mais consumista e espiritualmente obesa. Torna-se sal insonso, luz diminuída (Mateus 5:13-16).

Cabe a cada um de nós ajudar a fazer esta transição. De entretenimento a movimento. De acidental a intencional. Mas sem cairmos no erro de querer ser a referência máximas das suas vidas. Numa cultura de entretenimento, quem lidera tende a ser o referencial não assumido para nortear a vida dos demais. E acaba por apontar outros referenciais, que infelizmente muitas vezes se afastam doutrinariamente e em termos de testemunho, daquele que é o centro do Cristianismo: Jesus Cristo. Este tipo de cultura desresponsabiliza quem lidera e coloca o peso em referências extra-igreja local. Vende-se uma imagem que muitas vezes não coaduna com o que é real. E nisto também temos de ter cuidado com o modo de comunicar. De que adianta produzir conteúdos alinhados com a comunicação de mega igrejas, se localmente aquilo que os jovens e adolescentes, tanto cristãos como aqueles que não o são, depois vão verificar que a imagem oferecida não é aquela que é real?

Este tipo de cultura dilui o ensino bíblico e substitui-o por palestras motivacionais onde a Bíblia até pode ser citada, mas não existe conteúdo doutrinário sólido. A falta de princípios sólidos, de ensino sistemático, de conhecimento das Escrituras, resulta numa falta de capacidade de reconhecer, aplicar e transmitir bases bíblicas claras e sólidas. Pior, muitas vezes a Bíblia é torcida para encaixar na narrativa de quem lidera, de modo consubstanciar as suas ideias e não a revelação de Deus. É o caso em que a heisegese destrona a exegese. Não vale tudo para podermos consolidar os nossos jovens e adolescentes. Pelo menos, quando o que se faz, acaba por assentar numa lógica diferente daquela que o Evangelho promove. E, nesse aspeto, passamos para o próximo ponto.

 

DOUTRINA

“A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.”

John Dewey, filósofo e educador 

O segundo pilar deste castelo de cartas é a sã doutrina. Não tanto a existência dela, que não é maléfica (ao contrário do que os soundbytes afirmem), mas sim a ausência dela. A Bíblia está repleta de avisos e indicações para o termo doutrina. Só na versão Almeida Revista e Corrigida são pelo menos 59. E ao contrário do que se pense, só nove é que estão no Antigo Testamento, aquele compêndio que é tantas vezes ignorado, mal-ensinado e de onde erradamente se deriva a imagem de um deus cruel, portador de um ciúme doentio e vingador. São conotações destas que levam ao erro de frases repetidas até à exaustão, que não têm apoio bíblico e são perigosas. Ideias como a de Jesus não ser religioso, basta Deus e a religião não interessa, Cristo não fundou o Cristianismo (a bem dizer não o fez, mas observou o judaísmo como ninguém) e outras, causam mais mal do que bem. Tiago 1:27 explica que existe uma religião pura – religião é uma coisa, fanatismo religioso é outra.

Se na atualidade o entretenimento é rei, então a doutrina passou a ser o camponês da história, quase escorraçada para os limites dos terrenos reais e sem grandes direitos ou menções. A não ser menções pejorativas. Paulo escreveu imenso sobre doutrina. A epístola aos Romanos leva um selo de tratado teológico. E para espanto de muitos, Teologia implica doutrina. Porque no fundo, Teologia é um conjunto de doutrinas ou ensinos. Este termo que para muitos é bafiento, anacrónico, pesado e doloroso é sinónimo de erudição, saber, ensino e norma. Pelo menos de acordo com o Dicionário Priberam de Língua Portuguesa. Poderíamos argumentar que semântica muda ao longo do tempo e que os termos ganham novos significados, mas felizmente não é pela moda do tempo que o significado se sustenta e sim pela sua significância etimológica e científica. Voltando onde dói… Doutrina.

A geração atual é a que mais meios tem (físicos e digitais), mais conhece, mas menos sabe. Distingo conhecer de saber, porque neste contexto, conhecer é “ouvir falar de” ou “ter ideia de que X existe”, mas no final, não existe um relacionamento com o que se conhece. Exemplos? Perguntem aos vossos adolescentes e jovens quantos livros tem a Bíblia? Provavelmente acertam nos 66. Depois, perguntem de que modo se dividem ou quantos estão em cada grande divisão da Bíblia (o Antigo e Novo Testamento), como se divide o Antigo Testamento, quais são os Profetas Menores, quantas cartas Paulo escreveu, quem eram os Doze, o que são os Evangelhos Sinópticos, etc. Os resultados são os que tiverem, que variam conforme o background pessoal dos vossos jovens e adolescentes, assim como da interação com a escola bíblica dominical e do que façam em conjunto…

A solução? O ensino sistemático das Escrituras, que pode ser feito de modo criativo, divertido, colaborativo, lúdico q.b.. O que não devemos, nem podemos fazer, é toda a substituição do ensino sobre quem Deus é, o que Ele deseja de nós e já fez por nós, assim como do que fez ficar registado para nosso ensino; por questões que até poderão ser interessantes, mas não são essenciais para a vida. Com isto, não devemos menosprezar a temática da apologética, sobretudo quando aborda meios científicos e filosóficos. Mas devemos acompanhá-la com as Escrituras Sagradas para garantir que o alvo é atingido: ensinar as Escrituras e como as aplicar, assim como dar a razão de toda a nossa esperança em amor, cada vez mais bem estruturada e sustentada teológica, científica e filosoficamente (1 Pedro 3:15).

Jesus fala sobre aquele que ouve as Suas palavras e as coloca em prática, ser como um construtor capaz, sábio, com conhecimento e que constrói de modo correto (Lucas 6:46-49). Um construtor instruído. Um construtor doutrinado. Bem doutrinado no ensino correto. Não um construtor que vive das modas, frases soltas que soam bem a uma geração cansada de muitas coisas, mas que não pensa no que repete e que reflete (por vezes) mal o que quer. E há um peso maior para aqueles que devem preparar esta geração. Um rei fraco faz fraca a gente forte. Se uma geração já estiver fraca, que lhe acontecerá se os seus responsáveis forem fracos? Todos precisamos de investir no ensino e em ser ensinados. Começa connosco. O estudo, a reciclagem, a aprendizagem contínua nunca são demais. Seja em termos de Palavra, seja em termos de cultura e como a conectar com a Bíblia e a sã doutrina. Ou então no modo de compreender e ligar com as Gerações X, Y, Z e Alpha.

 

REALIDADE

“A realidade só existe através da experiência, e tem que ser uma experiência pessoal.”

Gao Xingjian, dramaturgo 

Xingjian roça a perfeição nesta descrição. Porque é assim que muita da sociedade vive, ainda que não declaradamente: oque é real é o que se experimenta. Não é a experiência que se aborda agora, mas sim a noção de que a realidade dos nossos adolescentes e jovens, não pode ser ignorada. E podemos perguntar: o que é isso da realidade? As respostas seriam várias e na ordem de: é o que vivemos no nosso país, são as coisas que fazem sentido cá ou para eles, é aquilo que se passa (se não passar nos social media, então não é realidade, pelo menos é parte do pensamento corrente).

Com tanta invasão virtual pelo espaço real dentro, é ilusão pensar que os nossos adolescentes e jovens não têm várias lutas em comum, com outros adolescentes e jovens de realidades distintas. Sejam elas sociais, étnicas, confessionais, etc. Um cristão, um hindu, um muçulmano, um judeu, um pagão e um ateu têm de lidar com a mesma pandemia, movimentos sociais (como o Black Lives Matter ou #MeToo), conceitos vindos da web (cuja propagação é viral e une europeus, africanos, americanos, asiáticos, etc.) e tudo o mais que se veja dentro do amplo termo “globalização”.

A grande dificuldade que existe em lidar com fenómenos vindos de outros países deve fazer-nos refletir sobre o assunto. O movimento Black Lives Matter não chegou atrasado a Portugal. Nem o #MeToo! E nenhum outro tipo de movimento espalhado pelas redes sociais o vai fazer. Claro, nem todos migram, como as “primaveras árabes”, porque os objetivos e motivos de manifestação são específicos de dadas nações, povos ou culturas. Mas contam-se pelas mãos os movimentos que não migram entre povos. E porquê? Porque a Internet é um catalisador que leva o jovem de Mirandela a querer a Barcelona independente e a clamar por proteção a Puidgemont, tal como a adolescente da Aldeia do Cano se identifica com os movimentos e ondas feministas que tiveram origem nos EUA.

“Não faz sentido na nossa realidade” é uma expressão que cada vez mais vale menos. As questões e situações surgem e vão surgir, não podemos permitir que exista um espaço de resposta onde não ensinamos os princípios bíblicos, apenas porque ocorre noutra nação soberana, cuja língua é diferente e onde os hábitos sociais são diferentes, exatamente porque é um povo diferente, mas cuja vivência é projetada para todo o mundo, de modo homogéneo, por força das novas tecnologias. Muitas vezes, a questão da diferença de realidades é uma desculpa para não efetuarmos uma análise séria de quem somos e como respondemos às influências que se manifestam nos mais jovens. Fechar os olhos e baloiçar para a frente e para trás não dá bom resultado. Podemos aprender com quem já lida com a questão Y há mais tempo que nós, mesmo que não viva em Portugal, sobretudo, quando os resultados, métodos e exemplos são extremamente válidos. É melhor aprendermos com erros que outros já cometeram do que cairmos nesses erros. Precisamos de agir preventivamente e não reativamente. E aprender com quem tem algo para nos ensinar. Independentemente da região, nacionalidade, idade, estudos, anos no ministério…

A realidade do mundo, é o que é, e não depende do discurso que adotamos. A ideia do “orgulhosamente sós” é algo que deve ser enterrado, mas não esquecido, porque esse é um perigo que arrola a arrogância e a ignorância para dentro dos ministérios juvenis e da escola dominical. Tornamo-nos arrogantes porque desprezamos a melhoria, ignorantes porque não aprendemos mais. E com isso, os grandes prejudicados são os mais novos (Juízes 2:10-23). Se falharmos no ensino, quem lhes vai ensinar? Confiar que absorvam conhecimento pelas amizades que não partilham dos mesmos valores, assim como pelos meios digitais é aceitar que lentamente percamos jovens e adolescentes.

Em suma, realidade é aquilo que se vive, não como experiência pessoal, mas como experiência global. À parte da censura, que em dados locais do mundo inibe a livre informação, expressão de ideias e discussão, estamos sujeitos a ser confrontados com pensamentos sobre o país e o mundo, mesmo que não estejamos equipados para lidar com eles. Equipamo-nos ou arriscamos que outros respondam por nós?

 

EXPERIÊNCIA

“Sem experiência a sabedoria é limitada.”

Pensamento judaico

Experiência… Que experiência? O acumular de anos numa função? A idade avançada que confere sabedoria prática de vida? Ou a experimentação laboratorial? Do que tenho visto, vivido, estudado e aprendido, seja através de ligações pessoais, seminários, livros, vídeos ou aulas, a grande falha na experiência assenta em algo relativamente simples e básico: viver momentos.

Exatamente! Viver momentos, experienciar, sentir na pele, passar por… todo um conjunto de expressões carregadas de sinónimos que aludem a algo elementar. Se não temos a experiência de passar por algo, como é que podemos compreender, conhecer e dizer que sabemos o que é? O conhecimento analítico ou teórico é importante. Já vimos isso na questão da doutrina. O conhecimento teológico é importante para a vivência ortodoxa do relacionamento com Deus, Igreja e mundo circundante. Mas teoria sem prática é coxa. Qualquer treinador de futebol pode ensinar-nos essa verdade elementar. Todos nós somos treinadores de bancada. Será que queremos ser elementos que servem nos ministérios juvenis e estão também na bancada? Os olhos dos nossos jovens e adolescentes estão colocados no mundo em busca de referências.

A batalha (acreditem, não é exagero) agora é feita entre local vs global, real vs virtual, vivencial vs ideal. Se não dermos os primeiros passos para lhes permitir experiências reais e relacionamentos saudáveis DENTRO da igreja local, quem é que os irá dar? Não podemos esperar que seja qualquer outra pessoa por nós. O ministério que nos está confiado, para o qual Deus nos prepara e chama, precisa que sejamos responsáveis e saibamos proporcionar espaços seguros, onde o debate é possível, onde não há recriminação pela opinião diferente, mas também onde encorajamos a que a vivência do Cristianismo seja tanto individual, como comunitária. Ou seja, precisamos de investir no alcance, discipulado e oportunidades para o serviço, assim como no acompanhamento pessoal e em grupos/classes.

A igreja local tem de ser o primeiro espaço de experiência. Tanto de experimentação de metodologias (e da tentativa/erro que acontece), como da experiência no sentido vivencial da palavra (experimentar quem Deus é, através dos Seus dons, do batismo no Espírito Santo, etc.). Claro, nem sempre vamos ver os resultados que idealizamos. É um processo (por vezes) doloroso, porque envolve minutos, dias, horas investidas em escutar, tentar ver a perspetiva do outro e a procurar relacionar isso com o que queremos transmitir. Muita da experiência na igreja local vive disto: de desenvolvermos empatia, demonstrar amor pelo próximo, doméstico da fé ou não, ao mesmo tempo que procuramos ensinar os princípios que Deus nos transmite através da Palavra (Atos 2:42-47). Para o fazermos, vamos ter de testar métodos, criar momentos, trabalhar nos relacionamentos. Tudo isso são situações que vão decorrer no laboratório da fé. O método científico pode ser ligeiramente aplicado, mas são a física e química divinas que vão funcionar para gerar uma dinâmica de experiências e situações.

E no meio desta panóplia de experiências, precisamos de procurar o batismo e contínuos enchimentos pelo Espírito Santo, assim como os Seus dons e fruto (Gálatas 5:22,23; 1 Coríntios 12:31). É esta “experiência” que vai conjuntamente com o ensino sistemático das Escrituras, fortalecer doutrinariamente os jovens e adolescentes, e por conseguinte toda a igreja local e universal. Porque sem vivência, todo o conhecimento se torna estéril e cada um de nós, termina no estado em que passa a sofrer de anorexia espiritual e de obesidade teológica. Há falta de vivência espiritual e ao mesmo tempo, existe um excesso de teologia que não é digerida, nem colocada em prática. São estes momentos e experiências que vão marcar estas vidas. Se os proporcionarmos, vamos ser construtores em conjunto com eles e vamos marcar as suas vidas.

Termino com uma frase que coloquei no início. Aquilo que enfrentamos nestes quatro pilares são problemas. E termo certo é problema. É algo que precisa de soluções, com ou sem aritmética. Trata-se de assumir, avaliar e alterar o que encontramos como falha. Cabe a cada um de nós decidir como. Para que fim. E se o vamos fazer de modo construtivo ou destrutivo. Que o façamos com base nas Escrituras e auxiliados pelo poder do Espírito Santo ou não.  


Ricardo Rosa

in Novas de Alegria, outubro 2021 

Comentários